sábado, 19 de dezembro de 2009

Rodoviária


Nova Rodoviária estará pronta em 2010Terminal de ônibus localizado nas proximidades do ParkShopping deve ficar concluído em fevereiro, com inauguração no cinquentenário de Brasília. Obra é realizada por meio de uma Parceria Público-Privada


Juliana Boechat
Publicação: 19/12/2009 07:05 Atualização: 19/12/2009 08:36

O governador Arruda visitou ontem pela manhã a área onde está sendo erguido o novo terminal de ônibus - (Elio Rizzo/Esp. CB/D.A Press )
O governador Arruda visitou ontem pela manhã a área onde está sendo erguido o novo terminal de ônibus
A estrutura moderna em formato de asa-delta, localizada próxima à estação do metrô do ParkShopping, chama a atenção de quem passa pela DF-003 (Epia). Ali está sendo erguida a nova Rodoviária de Brasília, que substituirá a Rodoferroviária. O fim da obra está previsto para fevereiro do próximo ano, mas a inauguração deve ocorrer em 21 de abril, quando Brasília comemora o cinquentenário. O novo terminal rodoviário contará com infraestrutura de última geração, serviço de qualidade e apoio do transporte público do Distrito Federal para facilitar o acesso ao local. O investimento será de R$ 50 milhões.

Ontem pela manhã, o governador José Roberto Arruda esteve no canteiro de obras para verificar o andamento dos trabalhos. Arruda avalia que um dos maiores atrativos da nova Rodoviária é a proximidade com o metrô e outros investimentos realizados na malha viária do DF. “O cidadão poderá pegar um metrô para cidades como Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Ou ainda, pode optar de metrô até a Rodoviária do Plano Piloto e, de lá, seguir para Sobradinho, por exemplo”, explicou. Durante a visita, Arruda foi abordado por um pedreiro da obra que apoiou a continuidade dele à frente do GDF.

A Rodoviária está localizada em um ponto próximo à estação Shopping do Metrô, às margens da recém-ampliada Epia e ainda estará próxima à Via Interbairros, que ligará Samambaia ao Plano Piloto. Com uma área construída de 22 mil metros quadrados e capacidade para atender 2 milhões de pessoas, o novo terminal conta com 32 baias de ônibus e 60 guichês para venda de passagens. O espaço terá praça de alimentação, lojas, televisões e sistema de som para avisos de chegada e partida dos ônibus em cada terminal. Toda a área coberta será climatizada. O sistema de segurança também aumentará: só poderá entrar na área de embarque quem estiver com a passagem em mãos. Segundo o engenheiro de produção da Rodoviária, Melanio Soares Ribeiro Neto, 43 anos, os materiais usados são de última geração. Cerca de 80% da obra já está concluída.

O secretário de Obras, Jaime Alarcão, explicou que a nova Rodoviária livrará o GDF de um prejuízo mensal de R$ 250 mil, gastos com despesas operacionais da Rodoferroviária. Como a obra será feita por Parceria Público-Privada, liderada pela JCGontijo, não terá gastos. Pelo contrário: receberá 5% da receita bruta gerada pelo terminal. “Hoje temos uma rodoviária desconfortável, inadequada, com aspecto de suja, que ainda gera um prejuízo mensal de R$ 250 mil. O novo espaço vai funcionar no mesmo padrão de um aeroporto. As empresas farão a exploração comercial por 30 anos”, disse.

"Hoje temos uma rodoviária desconfortável, inadequada, com aspecto de suja, que ainda gera um prejuízo mensal de R$ 250 mil. O novo espaço vai funcionar no mesmo padrão de um aeroporto"
Jaime Alarcão, secretário de Obras


Escuro e sem conforto
Defasada, a Rodoferroviária é alvo de crítica por grande parte dos frequentadores. Com capacidade para atender 800 mil pessoas, o espaço não suporta a grande procura, principalmente em época de férias e feriados prolongados. A sala de espera, localizada no salão central, é escura e desconfortável. Ali também estão os guichês de venda das passagens. O pouco espaço obriga empresas a dividir guichês, como ocorre com a Real Expresso e a Rápido Federal. Para chegar à Rodoferroviária, o passageiro deve pegar um táxi, carona ou apelar para as poucas linhas de ônibus que chegam ao local.

Não há praça de alimentação. Os quiosques de comida estão instalados às margens da pista de embarque e desembarque. São 12 baias para ônibus leitos. Em época de grande movimento, a administração libera as sete baias do subsolo para dar vazão à quantidade de passageiros. Ainda assim, não há vaga para todo mundo. Em alguns casos, o motorista estaciona o veículo longe e os passageiros andam 15 minutos carregando as malas até chegar ao terminal.

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