sexta-feira, 31 de julho de 2009

Integração para o Entorno

DFTrans cria nova linha para Planaltina de Goiás a partir de segunda-feira

31/07/2009 - 15:07:18


Para amenizar a situação dos moradores de Planaltina de Goiás, o governador do DF, José Roberto Arruda e o secretário de transportes, Alberto Fraga, se reuniram na tarde desta sexta-feira (31), com o prefeito de Planaltina, José Olímpio Neto, para anunciar uma nova linha de ônibus com o objetivo de oferecer aos moradores transporte público a um preço baixo.

A nova linha de ônibus passará entre Bom Sucesso e a Rodoviária do Plano Piloto e custará R$ 3, funcionando a partir de segunda-feira (03). O reajuste anunciado para os ônibus interestaduais nessa semana foi de 6,21%. A passagem passou de R$ 4,05 para R$ 4,25.

O governador também disse que os 30 ônibus disponibilizados hoje é uma atitude provisória, e que mais outras seis cidades do entorno do DF, entre elas, Águas Lindas e Santo Antonio do Descoberto, receberão essas novas linhas no decorrer do ano.

As viagens serão às 5h30, 6h, 6h30, 7h e às 17h30, 18h, 18h30, 19h, na volta.

Greve de fome

José Olímpio, prefeito de Planaltina de Goiás, reivindicava por meio de uma greve de fome, durante seis dias, que mais de uma empresa fizesse a linha que liga a cidade ao DF. Ele sugeriu que metade da frota seja de responsabilidade de uma outra cooperativa. Atualmente, somente o grupo Amaral faz o transporte de toda a cidade com dez ônibus.

O prefeito queria que o preço das passagens fosse igualado aos de Brasília e que os estudantes pagassem um terço da passagem. Com as novas medidas anunciadas, o prefeito comeu uma maçã na frente das cinco mil pessoas que participaram do evento, encerrando a greve de fome.

Da redação do clicabrasilia.com.br com informações de Bruno Santa Maria

Integração para o Entorno

Planaltina de Goiás contará com nova linha de ônibus para Brasília a R$ 3

Gabriela Lima

Publicação: 31/07/2009 19:38 Atualização: 31/07/2009 20:39

Correio Braziliense
A greve de fome do prefeito de Planaltina de Goiás, José Neto (PSC), deu resultado. A população vai contar com uma nova e econômica opção de transporte para a capital federal. O governador do DF, José Roberto Arruda anunciou, na tarde desta sexta-feira (31/7) a criação de uma linha, em caráter emergencial, para atender a cidade (a 56km de Brasília). O novo serviço terá início já a partir da próxima segunda-feira e custará R$ 3, R$ 1,25 a menos que o valor cobrado pela empresa Rápido Planaltina, do Grupo Amaral, que monopolizava até então o itinerário.

Saiba mais...
Com ônibus novos, a linha terá, por enquanto, quatro viagens por dia de Bom Sucesso (Planaltina-DF), divisa com Goiás, até a rodoviária do Plano Piloto. O prefeito José Neto (PSC) irá providenciar o deslocamento dos passageiros de uma cidade a outra, separadas por 15 quilômetros.

A intervenção do governador do DF se deu para que o prefeito de Planaltina de Goiás terminasse com protesto radical, iniciado há oito dias. O chefe do Executivo de Brasilinha, como é chamada a cidade goiana, manifestava contra o aumento das tarifas de ônibus semi-urbanos que ligam a região com Brasília: que subiram de R$ 4,05 para R$ 4,25, na última segunda-feira (27/7).

Segundo Neto, cerca de 30 mil moradores de Planaltina de Goiás trabalham na capital – 30% do total do número de habitantes. Após as medidas anunciadas por Arruda, o prefeito aceitou o acordo e encerrou a greve de fome com uma maçã. Na semana que vem, o governador se reunirá com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para viabilizar a manutenção do convênio em definitivo.

O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, também participou da visita ao prefeito Neto. Fraga informou que futuramente os passageiros poderão contar com linhas de ônibus até o Setor de Indústrias (SIA) e Eixo Norte e Sul. "Pedimos à população que tenha paciência no começo porque pode não ser o suficiente, mas estamos garantindo que iremos nos esforçar para aumentar o número de viagens conforme a demanda", explicou.

Outras cidades
O governador disse ainda que irá amadurecer o projeto e deverá incluir, além de Planaltina de Goiás, as cidades de Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso e Cidade Ocidental no sistema de transporte integrado com a capital. “Esse é um problema do DF também porque essas pessoas sofrem muito para trabalhar na nossa cidade pagando tarifas de ônibus tão altas”, discursou Arruda.

hoje pela manhã, Arruda entregou escrituras a 83 feirantes e quatro donos de quiosques da Feira Permanente da QNL em Taguatinga. No início da tarde, ele beneficiou 180 famílias também de Taguatinga com a entrega gratuita de pão e leite. (Com informações de Ary Filgueira)

Integração para o Entorno

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GDF ajudará no transporte dos moradores de Planaltina de Goiás
A pressão dos moradores de Planaltina de Goiás levou hoje a uma decisão curiosa: o GDF e a prefeitura da cidade prometem transportar os passageiros cobrando bem menos que a empresa Rápido Planaltina.
A Prefeitura de Planaltina de Goiás levará os passageiros até a divisa de Goiás com o Distrito Federal. O transporte vai ser de graça. Os detalhes serão definidos neste fim de semana. Da divisa para Brasília, os passageiros serão transportados pela empresa São José, que opera no DF, e que tem uma garagem grande em Planaltina/DF. O preço: R$ 3. Hoje, os passageiros pagam R$ 4,25.

A Secretaria de Transportes do DF e a prefeitura de Planaltina de Goiás garantem que o novo sistema começa na madrugada da próxima segunda-feira, dia 3. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que essa proposta pode ser colocada em prática.

Kenzô Machida

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Cobrataete

CORREIO BRAZILIENSE

30/07/09

50 micro-ônibus fora das ruas

Veículos são apreendidos porque cooperativa não pagou ao banco. Dívida das empresas com o GDF é de R$ 6,8 mi

Um ano após a implantação dos micro-ônibus no sistema de transporte público do Distrito Federal, os passageiros ainda enfrentam problemas. Ontem, moradores do Paranoá e de Sobradinho ficaram a pé depois que a Justiça determinou a apreensão de 50 veículos da Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos Escolares (Coobrataete) por falta de pagamento do financiamento ao Banco de Minas Gerais (BMG). Nem mesmo o valor da outorga de permissão para circular foi pago à Secretaria de Transporte do DF por todas as empresas responsáveis pelos coletivos.

Rodam no DF 450 micro-ônibus. De 300 deles, o GDF não recebeu pelo menos uma parcela do valor da concessão. A dívida aos cofres públicos já chega a

R$ 6,8 milhões. A Cooperativa do Transporte Público Alternativo do DF (Coopertran) e a de Transporte Alternativo do Recanto das Emas (Cootarde) estão com parcelas atrasadas há 60 dias. “Elas podem ter a concessão cancelada, mas enfrento um dilema, porque não posso deixar a população sem os micro-ônibus”, explica o secretário de Transporte, Aberto Fraga. Uma opção seria prorrogar o prazo para o pagamento. “Mas é cedo para definir”, pondera Fraga.

Lotes

A Coobrataete possui dois lotes de micro-ônibus, com 50 veículos cada um. O pagamento do primeiro lote está em dia com o banco, mas não com o governo. A dívida é de R$ 5 milhões. O segundo lote está em dia com o GDF, mas não com o financiador, daí a apreensão. Além desse imbróglio, a Coobrataete teria tentado revender o lote 1 à Coopertran. Por conta disso, perdeu o direito de circular com tais carros. Segundo o presidente da Coopertran, Crispiniano Espíndola, as cooperativas não conseguem pagar as dívidas porque têm linhas não rentáveis. Os presidentes da Coobrataete e Cootarde não foram localizados.

Moradora da Vila Rabelo (Sobradinho), Marizete dos Santos, 41 anos, passou quase 40 minutos no ponto de ônibus ontem. “A gente sai de casa cedo para adiantar as coisas na rua, mas acaba passando o dia inteiro na parada.” A Secretaria de Transporte colocou a Coopertran e a Viação Planeta para fazer as linhas do Paranoá e de Sobradinho, onde a Cobrataete atende, até que esta recupere o lote 2. Apesar de algumas deficiências, os passageiros do DF ganharam em conforto com a chegada dos micro-ônibus. E 22 linhas já estão integradas com o metrô, o que gera economia ao usuário. Em vez de gastar R$ 4,50, o passageiro paga apenas R$ 3.

Cobrataete

Cobrataete consegue recuperar 45 micro-ônibus

Publicação: 30/07/2009 11:09 Atualização: 30/07/2009 11:10


Moradores de Sobradinho e do Paranoá que utilizam o transporte público coletivo podem ficar mais tranquilos. A Cooperativa Brasiliense de Transportes e Construções (Cobrataete), que ontem (29/7), teve 50 micro-ônibus apreendidos pela Justiça, conseguiu normalizar parte da dívida. O acordo foi feito na manhã desta quinta-feira (30/7) com o Banco de Minas Gerais (BMG).

De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do DFTrans, o diretor da Cobrataete, Genilson explicou que conseguiu recuperar 45 micro-ônibus após pagar uma parcela do financiamento na qual devia ao BMG. Desses veículos, 20 são destinados ao Paranoá e 25 rodam em Sobradinho.

Na região, vários ônibus da empresa Viva Brasília estão reforçando as linhas enquanto a situação da Cobrataete não estiver totalmente regularizada. De acordo com o DFTrans, as passagens desses ônibus serão as mesmas destinadas à micro-ônibus, no valor de R$ 1,50. A cooperativa estima que até o final do dia, a situação esteja normalizada.

Relembre o caso
Na manhã de quarta-feira (29/7), os usuários do transporte público que foram até as paradas de ônibus de Sobradinho e do Paranoá se surpreenderam com a falta de micro-ônibus. A confusão ocorreu depois que a Justiça pediu a apreensão de 50 micro-ônibus da Cooperativa Brasiliense de Transportes e Construções (Cobrataete). Os veículos fazem as linhas de Sobradinho e Paranoá e atendem cerca de 20 mil pessoas por dia.

Rápido Planaltina

Ônibus é incendiado em Planaltina de Goiás

Publicação: 30/07/2009 09:28 Atualização: 30/07/2009 09:40 - Correio Braziliense


Um ônibus da empresa Rápido Planaltina foi incendiado na manhã desta quinta-feira (30/7), por volta das 5h40, no Setor Itapoã, em Planaltina de Goiás. De acordo com a polícia, apenas o motorista e o cobrador estavam no veículo no momento do início do incêndio. Ninguém ficou ferido. O ato foi intencional e pode ter sido uma represália ao aumento recente no preço das passagens de transporte coletivo. A tarifa passou de R$ 4,05 a R$ 4,25. A taxa é considerada abusiva pelos moradores.Três homens são suspeitos de terem cometido o ato de depredação, mas nenhum foi identificado.

Segundo agentes do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da cidade, esta não é a primeira manifestação. Desde o aumento das passagens, já houve outros ônibus depredados.

O aumento
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizado reajuste de 6,211% para linhas do transporte semi-urbano na última sexta-feira (24/7). Segundo a ANTT, o reajuste é anual e ocorre na segunda quinzena de julho. No ano passado, o aumento foi de 8,19%.

O percentual autorizado varia de acordo com os índices de inflação setoriais, publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Greve de Fome

Há cinco dias, o prefeito da Cidade José Olinto Neto está em greve de fome contra as tarifas cobradas pela Rápido Planaltina, única empresa que opera entre a cidade goiana e o Distrito Federal. Ele é acompanhamento por médico e está à base de soro.

O prefeito acusa de monopólio a empresa que tem a concessão da linha entre o município goiano e Brasília. A Rápido Planaltina acusa o prefeito de liderar uma manobra para beneficiar seu grupo político com a concessão da linha para Brasília. A ANTT informou que a empresa tem a concessão dada pelo Ministério dos Transportes anterior a 2002.

Administrador de Planaltina de Goiás deixa de comer para forçar queda no preço do ônibus

Lilian Tahan

Publicação: 30/07/2009 08:57 Atualização: 30/07/2009 09:03


Dias depois de ser o alvo numa ação civil pública que denuncia a prática de nepotismo em Planaltina de Goiás, o prefeito José Olinto Neto resolveu chamar a atenção por uma causa mais nobre do que a de empregar parentes na administração que comanda. Há cinco dias, o mandatário está em greve de fome contra as tarifas cobradas pela única empresa que opera entre a cidade goiana e o Distrito Federal. Desde a última segunda-feira, Zé Neto, como é conhecido na cidade, despacha sob a copa de uma árvore em frente à igreja católica do município e dorme numa barraca de lona montada ao lado do gabinete ao ar livre.

O prefeito, que está à base de soro, acusa de monopólio a empresa que tem a concessão da linha entre o município goiano e Brasília. A Rápido Planaltina, do Grupo Amaral, é a única firma autorizada a fazer a rota de 58km. Atualmente, a passagem cobrada pela companhia é de R$ 4,25, valor considerado abusivo pelos moradores da cidade. Eles reclamam da dificuldade em arrumar e manter emprego no Distrito Federal em função do alto custo do transporte. A cidade goiana vive basicamente do comércio e não consegue absorver nem um terço da população economicamente ativa da região. “Todos os dias, há pelo menos 40 pessoas sentadas na porta da minha casa esperando para pedir emprego. E o trabalho está em Brasília, só que com essa passagem ninguém consegue chegar até lá”, reclama o prefeito.

A fome do prefeito, no entanto, não é só por tarifas mais modestas. Zé Neto só vai ficar saciado quando conseguir da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o direito de incluir uma cooperativa de motoristas incentivada pela prefeitura para operar no mesmo trecho hoje realizado exclusivamente pela Rápido Planaltina. A cooperativa possui uma frota de 40 ônibus, mas aguarda o sinal verde do governo federal para circular na rota interestadual.

Manobra
A Rápido Planaltina acusa o prefeito de liderar uma manobra para beneficiar seu grupo político com a concessão da linha para Brasília. “Está muito claro que ele quer nos tirar para colocar seu pessoal no lugar, o que é um absurdo porque nós temos o respaldo da lei”, diz o gerente de operação da empresa, Sebastião Rodrigues. Segundo a firma, 130 ônibus operam no trecho do município goiano até a Rodoviária do Plano Piloto. O gerente afirma que os veículos são bem conservados e que o preço segue o índice de correção estabelecido pelo governo. “Não vou dizer que é barato, mas as tarifas acompanham o percentual de correção oficial”, justifica Sebastião.

A ANTT (leia Para saber mais) informou ao Correio que a Rápido Planaltina tem a concessão dada pelo Ministério dos Transportes anterior a 2002, quando a agência passou a funcionar. Segundo o órgão fiscalizador, qualquer alteração desse contrato ocorrerá a partir de licitação pública, que escolherá — dentro de critérios oficiais — a empresa de ônibus para operar na linha Planaltina-Brasília. A ANTT afirma, no entanto, que não existe uma data prevista para a abertura da concorrência pública.

Memória
Acusado de nepotismo

Promotores de Justiça do Ministério Público de Goiás estão de olho no comportamento de José Olinto Neto, desde que ele assumiu a prefeitura de Planaltina de Goiás, em janeiro deste ano. O político é acusado numa ação civil pública de praticar nepotismo. Segundo investigação do MP, o prefeito é responsável pela contratação de 55 servidores fora dos pré-requisitos da boa administração. De acordo com a denúncia, Zé Neto emprega parentes próximos — uma filha e uma cunhada — em cargos comissionados da prefeitura.
José Neto não nega a iniciativa de empregar parentes e, em entrevista ao Correio no último dia 11, nem sequer considera a providência irregular. Segundo o prefeito, a filha merece o cargo na prefeitura. Mas, em função da pressão do MP, o prefeito decidiu afastar a funcionária, considerada por ele, “exemplar” no posto de tesoureira.(LT)

Para saber mais
Origem da ANTT

Criada em 2002, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem como missão fiscalizar e regular a prestação de serviços de transportes terrestres. É a instância do governo federal que estabelece normas e observa a rotina do transporte interestadual de pessoas e produtos. Entre as atribuições, a agência autoriza ou nega as concessões de linhas de ônibus.
Além das rotas de um estado para o outro, também estão sob a responsabilidade da ANTT as linhas interestaduais com características de semiurbanas, aquelas em que a distância não ultrapassa 75km. Esse é o caso de Planaltina de Goiás, que está a 58km da Rodoviária do Plano Piloto. (LT)


Rápido Planaltina

Ônibus é incendiado em Planaltina de Goiás

Um ônibus da empresa Rápido Planaltina foi incendiado na manhã desta quinta-feira (30/7), por volta das 5h40, no Setor Itapoã, em Planaltina de Goiás. De acordo com a polícia, apenas o motorista e o cobrador estavam no veículo no momento do início do incêndio. Ninguém ficou ferido. O ato foi intencional e pode ter sido uma represália ao aumento recente no preço das passagens de transporte coletivo. A tarifa passou de R$ 4,05 a R$ 4,25. A taxa é considerada abusiva pelos moradores.Três homens são suspeitos de terem cometido o ato de depredação, mas nenhum foi identificado.

Segundo agentes do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da cidade, esta não é a primeira manifestação. Desde o aumento das passagens, já houve outros ônibus depredados.

O aumento

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizado reajuste de 6,211% para linhas do transporte semi-urbano na última sexta-feira (24/7). Segundo a ANTT, o reajuste é anual e ocorre na segunda quinzena de julho. No ano passado, o aumento foi de 8,19%.

O percentual autorizado varia de acordo com os índices de inflação setoriais, publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Greve de Fome

Há cinco dias, o prefeito da Cidade José Olinto Neto está em greve de fome contra as tarifas cobradas pela Rápido Planaltina, única empresa que opera entre a cidade goiana e o Distrito Federal. Ele é acompanhamento por médico e está à base de soro.

O prefeito acusa de monopólio a empresa que tem a concessão da linha entre o município goiano e Brasília. A Rápido Planaltina acusa o prefeito de liderar uma manobra para beneficiar seu grupo político com a concessão da linha para Brasília. A ANTT informou que a empresa tem a concessão dada pelo Ministério dos Transportes anterior a 2002.

Fonte: Correio Braziliense.

Vou levantar algumas informações para saber qual foi o veículo,

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Câmeras

CORREIO BRAZILIENSE

29/07/09

TRANSPORTE PÚBLICO

Hoje tem pregão das câmeras

O DFTrans deve realizar hoje, às 10h, um pregão para a compra de câmeras de segurança que serão instaladas em ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Público do Distrito Federal. A licitação será na sala da Comissão de Licitação do órgão, no Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN), na Rodoferroviária. Segundo o diretor-geral da DFTrans, Paulo Henrique Munhoz, a ação visa reduzir o número de assaltos aos ônibus do DF. A empresa vencedora deverá fornecer e instalar 2.850 kits, cada um com duas câmeras e uma unidade de gravação de vídeo digital (DVR). O valor estimado do pregão é de R$ 8.936.797,00. A instalação dos equipamentos deve ocorrer em aproximadamente 60 dias após o fim da licitação.

Cobrataete

Micro-ônibus da Cobrataete são apreendidos pela Justiça

Publicação: 29/07/2009 10:46 Atualização: 29/07/2009 12:10


Os usuários do transporte público que foram até as paradas de ônibus de Sobradinho e do Paranoá se surpreenderam com a falta de micro-ônibus para irem ao trabalho na manhã desta quarta-feira (29/7). A confusão ocorreu depois que a Justiça pediu a apreensão de 50 micro-ônibus da Cooperativa Brasiliense de Transportes e Construções (Cobrataete). Os veículos fazem as linhas de Sobradinho e Paranoá e atendem cerca de 20 mil pessoas por dia.

A decisão judicial foi a favor do Banco de Minas Gerais (BMG), que alega o não recebimento do pagamento de parcelas do financiamento dos veículos. As cooperativas dizem que o acordo foi renegociado, mas o banco o descumpriu.


De acordo com a Secretaria de Trasnporte, ônibus e micro-ônibus da Planeta e Coopertran foram colocados nas ruas para substituir os veículos apreendisos. Segundo a secretaria, eles farão as mesmas linhas e passarão nos horários de tabela. Ainda não há prazo para os carros voltarem a circular normalmente.

Ele explica que o problema começou quando as cooperativas precisaram adaptar os micro-ônibus ao sistema implantado pela empresa Fácil, responsável pela venda de vales-transporte e passes estudantis.

Segundo Borges, o valor investido foi dividido em cinco vezes de R$ 127 mil, desse total, quatro parcelas já foram pagas. Por essa situação, a Cobrataete e a Coopertran decidiram em conjunto fazer uma renegociação do financiamento dos lotes com o banco BMG.

Borges conta que há cerca de 15 dias foi assinada a repactuação da dívida entre cooperativas e o banco. Mas, segundo ele, o financiador voltou atrás e alega que um dos lotes foi suspenso pela Secretaria de Transporte do Distrito Federal. Os veículos cassados pela Justiça estão na posse da Copertran, que, segundo Boges, também havia negociado o financiamento.

"Se tivesse de existir alguma apreensão baseada nesta decisão judicial, teria de ser de apenas do lote suspenso anteriormente e não de dois", argumenta Genilton. Cada lote equivale a 50 micro-ônibus.

O presidente da Cobrataete se diz surpreso com a apreensão, pois os carros barrados na madrugada de hoje estariam regularizados com o Governo do Distrito Federal e com o BMG.


"Todos os pagamentos estão em dia, conforme a renegociação assinada, mas o acordo foi quebrado, unilateralmente, pelo banco", defende. "Além da população que fica prejudicada, ainda tem os 260 motoristas que dependem do trabalho para sustentar as famílias", lamenta.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Entorno

Ônibus para o Entorno fica mais caroANTT autoriza reajuste de 6,217% para as linhas semiurbanas, o que afeta os moradores do Entorno. Associação de usuários de Planaltina de Goiás protesta contra os novos valores

Pablo Rebello

Publicação: 25/07/2009 08:20 Atualização:25/07/2009 08:30


Andar de ônibus ficará mais caro, a partir de segunda-feira, para moradores de cidades do Entorno. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou nesta semana reajuste de 6,217% para as linhas semiurbanas de transporte rodoviário de passageiros. A resolução foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Apesar de o reajuste ser realizado anualmente na segunda quinzena de julho, muitos usuários do sistema que precisam se locomover diariamente para o DF reclamaram da mudança.

O vendedor autônomo Ivo José Costa, 58 anos, disse que o novo preço vai afetar sua renda mensal. “Já gasto uma média de R$ 180 por mês, só com ônibus. Se ficar mais caro, serei prejudicado”, contou. Ele participou ontem de uma manifestação organizada pela Associação dos Usuários de Transportes Semi-Urbanos de Planaltina de Goiás que tomou as ruas do Plano Piloto no final da tarde. Com apoio da Polícia Militar, aproximadamente 100 manifestantes saíram da Rodoviária a pé, junto de um carro de som, para expressar o descontentamento com os novos preços.

O bispo João Valdivino, do conselho deliberativo do movimento, explicou que os manifestantes não pediam apenas um preço mais em conta para a população. “Queremos a quebra do monopólio em Planaltina de Goiás, passagem a R$ 3, ônibus novos para atender a população e que não quebrem toda hora, preço diferenciado para estudantes e respeito aos aposentados”, enumerou as reivindicações. Segundo Valdivino, o grupo seguiria a pé para o posto Colorado, onde passaria a noite, e iria, a partir das 7h de hoje, para Planaltina (GO).

Cerca de 100 pessoas foram às ruas para protestar: saíram da Rodoviária e seguiram a pé até o posto Colorado - (Zuleika de souza/CB/D.A Press )
Cerca de 100 pessoas foram às ruas para protestar: saíram da Rodoviária e seguiram a pé até o posto Colorado
Os manifestantes saíram da Rodoviária do Plano Piloto por volta das 17h e seguiram pelo Eixinho até a ponte do Bragueto. Por causa do horário, filas de carros se formaram pelo caminho. Mas a retenção do trânsito durou pouco tempo e não causou engarrafamentos maiores. “Nosso transporte é horrível. Sai superlotado tanto de manhã, quanto no final da tarde. A maioria das pessoas tem que ir em pé e a viagem dura até duas horas. Isso sem contar que os coletivos costumam quebrar pelo caminho”, detalhou Ivo. “Precisamos de um preço melhor e de melhores condições para os passageiros”, acrescentou.

A maioria das reclamações dos manifestantes se referiam ao serviço prestado pela Viação Rápido Planaltina, responsável pelo transporte na região. O gerente operacional da empresa, Toninho Gontijo, defendeu-se. “Oferecemos o melhor transporte do Entorno. Nossos ônibus são novos, têm bancos macios e ar-condicionado. Realizamos um percurso diário de 82 quilômetros por um preço muito barato”, alegou. Segundo o gerente, a frota tem idade média de sete anos. Ele também reclamou da falta de comunicação da associação com a empresa. “Nenhum deles nunca nos procurou para reivindicar o que quer que fosse”, afirmou.

De acordo com a ANTT, o Entorno conta hoje com 1.303 ônibus de oito empresas diferentes. Desses, 1.084 são para transporte semiurbano. O serviço está presente em 23 cidades, povoados e vilarejos da região. A idade média dos ônibus é de 10 anos, tanto para o semiurbano quanto para o convencional. As principais reclamações dos usuários registradas na ANTT têm relação com a quebra de veículos e o tempo de espera nas paradas.

Câmeras

DFTrans deve comprar câmeras para ônibus nesta quarta-feira

Publicação: 28/07/2009 20:02 Atualização: 28/07/2009 20:36


O DFTrans deve realizar nesta quarta-feira (29/7), às 10h, um pregão para a compra de câmeras de segurança que serão instaladas em ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Público do Distrito Federal. A licitação será na sala da Comissão de Licitação do órgão, no Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN), Rodoferrroviária, Sobreloja Ala Sul.

Segundo o diretor geral da DFTrans, Paulo Henrique Munhoz, a ação visa reduzir o número de assaltos aos ônibus do DF. “Além de um transporte público de qualidade, devemos oferecer segurança aos passageiros”, afirma Munhoz.

A empresa vencedora deverá fornecer e instalar 2.850 kits com duas câmeras e uma unidade de gravação de vídeo digital (DVR). Também deverá fornecer configuração de programa de reprodução de imagens a ser instalado nos computadores da DFtrans.

O secretário de Transportes, Alberto Fraga, explica que as cidades com maiores índices de assaltos a ônibus terão prioridade. “Vamos começar a instalação das câmeras de monitoramento obedecendo a um levantamento feito pela Polícia Civil. Ceilândia, Samambaia, Itapoã e Santa Maria são as regiões com maiores índices de furtos e roubos em coletivos”, afirmou.

O valor estimado do pregão é de R$ 8.936.797,00 (oito milhões novecentos e trinta e seis mil setecentos e noventa e sete reais). Já a instalação dos equipamentos deve ocorrer em aproximadamente 60 dias após o fim da licitação, que teve edital publicado, no último dia 17, no Diário Oficial do Distrito Federal.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ônibus matam mais

CORREIO BRAZILIENSE

20/07/09

Em 2008, coletivos se envolveram em 704 acidentes, que tiraram a vida de 50 pessoas. Os números, do Detran, superam os de 2007

As pistas parecem pequenas para os ônibus. Eles mudam bruscamente de direção, boa parte das vezes sem ao menos sinalizar. Ignoram as baias e param no meio da rua para o embarque dos passageiros. Faixa de pedestre, sinais de trânsito e velocidade regulamentada parecem insuficientes para impor limites. Se do lado de fora os condutores de carros menores se sentem acuados, a situação é ainda pior para quem está dentro dos coletivos. Veículos lotados, freadas bruscas e pressa para arrancar expõem os passageiros a riscos. E não são poucos. Os ônibus estão matando mais.

Em 2008, os coletivos se envolveram em 704 acidentes. O saldo foi de 1.013 feridos e 50 mortos. Para cada grupo de mil coletivos ocorreram 6,5 acidentes fatais, um aumento de 18,1% em relação a 2007 (veja números ao lado). O Correio teve acesso com exclusividade às estatísticas preliminares sobre acidentes com ônibus e as infrações de trânsito mais flagradas por equipamentos eletrônicos, agentes do Departamento de Trânsito (Detran) e do Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar (BPTran). O relatório revela que, em números absolutos, o percentual de mortos é 28% maior que o mesmo período de 2007 e, o de feridos, 11,3%.

Portador de necessidades especiais, o servidor público Luiz Adilson Oliveira, 39 anos, desconhece as estatísticas, mas sabe de cor as atitudes de motoristas que, na opinião dele, contribuem para as tragédias. “Eles não respeitam ninguém. Idoso e deficiente físico então, nem se fala. Correm muito e não esperam você entrar no ônibus e já arrancam”, enumera. Oliveira conta ter caído pelo menos três vezes dentro do coletivo, a última delas na W3. “Uma vez estava sentado no banco da frente, o motorista freou tão forte que passei por cima do cano de proteção e caí nas escadas. Quando abri os olhos, os outros passageiros tentavam me levantar”, detalha.

Arrastada

Muitos casos de feridos sequer entram para as estatísticas porque dependem da queixa da vítima. E nem sempre as pessoas procuram as delegacias ou os órgãos responsáveis pela gestão do transporte público para oficializar a denúncia. Foi o caso da dona de casa Ivonete Sales dos Santos, 59. No ano passado, ela ficou presa à porta traseira do veículo e acabou arrastada por cerca de 5 metros. O motorista só parou porque as pessoas que estavam na parada começaram a gritar. “Quando eu descia o último degrau para colocar o pé no chão, o motorista arrancou. Só deu tempo de agarrar naquele ferro. Os dedos dos meus pés ficaram sem a pele. Fui à farmácia e fiz curativo. Depois, cuidei em casa”, conta.

Com o sobrinho de Ivonete Santos, o caso foi mais grave. Em 1998, o técnico em automação bancária Rodrigo Sales dos Santos Leandro, 28 anos, caiu do ônibus no momento em que o veículo fazia uma curva. O acidente foi perto do Memorial JK, no Eixo Monumental. Rodrigo diz ter ficado inconsciente por quase 15 minutos. Socorrido ao Hospital de Base de Brasília (HBDF), os exames constataram traumatismo craniano leve com formação de três coágulos de sangue. Ele não precisou passar por cirurgia. Mas teve de tomar remédio controlado por seis meses.

Rodrigo Sales conta que a ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). “Me perguntaram se eu queria registrar queixa contra o motorista. Eu não quis. Se fosse o caso, denunciaria à Viplan. A porta do ônibus abriu porque estava com defeito”, diz. A estudante de pedagogia Amanda Souza, 23 anos, quebrou o pé num acidente que, segundo ela, foi provocado por um condutor de ônibus. “Ele nem parou para ver se estávamos vivos”, ressalta.

O que eles dizem

SINDICATO DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS

Por meio da assessoria de imprensa, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Wagner Canhedo Filho, acusa o GDF de promover a indústria das multas. Cita como exemplo as multas por excesso de velocidade, que, na sua opinião, ocorrem em função dos diferentes limites de velocidade em uma mesma via. Diz ainda que é humanamente impossível uma pessoa não ser multada em Brasília por conta disso.

Em relação ao aumento dos acidentes envolvendo os ônibus, Canhedo Filho, por meio da assessoria de imprensa, destacou que o aumento da quilometragem rodada dos ônibus do transporte coletivo eleva a possibilidade de acidentes. Em relação aos atropelamentos de pedestres por ônibus, Canhedo Filho ressalta que o sindicato não tem conhecimento de que nenhum ônibus tenha subido na calçada e atropelado pedestre. Para ele, portanto, os índices possivelmente refletem desatenção dos pedestres. O executivo finaliza dizendo que seria importante que o Detran aplicasse os recursos das multas em campanhas educativas, inclusive de pedestres, que muitas vezes são os responsáveis pelos acidentes.

SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS DO DF

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório da Silva, ameniza a responsabilidade dos motoristas nos acidentes e infrações de trânsito. Diz que, em muitos casos, o radar está mal posicionado. Como exemplo, ele cita o equipamento instalado no Eixo Monumental, perto do Tribunal de Justiça do DF. “O pardal fica em cima do ponto de ônibus. O semáforo está verde e o motorista vive a angústia de passar e ficar parado no meio do cruzamento aguardando o ônibus sair da parada para terminar de chegar. Se nesse intervalo, ficar vermelho, é como se ele tivesse furado o sinal”, exemplifica.

Sobre as queixas de excesso de velocidade e impaciência do motorista que não espera o passageiro embarcar, João Osório atribuiu parte da responsabilidade ao DFTrans que, segundo ele, estipula um tempo muito curto para cumprimento dos trajetos. Com isso, o motorista é pressionado a correr e não pode dar a atenção necessária ao usuário. “Muitas vezes, arranca bruscamente, não dá tempo suficiente para a criança, os idosos e a grávida se acomodarem. A empresa não faz adequação do tempo itinerário porque precisa aumentar frota. Aí aumenta custo. Para não ter isso, pressiona o motorista a fazer percurso mais rápido”, afirma.

TRANSPORTES URBANOS DO DF (DFTrans)

O diretor técnico do DFTrans, Cristiano Dalton Mendes Tavares, diz que o aumento dos acidentes fatais e das infrações cometidas revelam que o motorista de ônibus está mais imprudente. “Avanço de sinal, excesso de velocidade, parar sobre a faixa, não usar cinto de segurança são infrações que dependem exclusivamente da consciência e prudência do condutor”, avalia.

Tavares atribui ao Sindicato dos Rodoviários a responsabilidade pela insatisfação dos usuários com o transporte público. Segundo ele, a entidade de classe “dá guarita a todo tipo de barbaridade”. Ele citou dois exemplos: o de um motorista flagrado alcoolizado e outro que trafegava a 110km/h. “Notificamos as empresas e eles foram demitidos. Nos dois casos, o sindicato fechou a garagem e não permitiu que nenhum ônibus saísse até que os dois motoristas fossem readmitidos”, citou.

Segundo Tavares, casos assim já foram denunciados aos ministérios Público e do Trabalho, mas nada foi feito. O governo está investindo em parcerias para promover cursos de reciclagem do condutor. Espera, com isso, que o cidadão seja melhor tratado. Além disso, as câmaras de segurança — que evitarão assaltos – servirão também para que o governo monitore as atitudes do motorista. Em 60 dias, o contrato com a empresa que vai fornecer os equipamentos deve ser assinado.

Artigo - Por Joaquim Aragão

A qualidade da direção no transporte coletivo urbano é um problema sério, aliando-se a diversos outros aspectos negativos que afetam a imagem do transporte coletivo e expulsa os usuários para outros modos, notadamente o individual. Além de enfrentar a irregularidade dos serviços, a falta de informação, a má qualidade do veículo e, acima de tudo, um preço alto, o usuário tem ainda uma viagem desagradável e insegura. Ao barulho e aos solavancos que tornam perigosa a circulação dentro do veiculo, soma-se a sensação de desconforto e insegurança.

A que se deve isso? Evidentemente, o profissional motorista tem sua dose de responsabilidade, afinal ele é um cidadão, gosta de ser tratado como tal, e teria de respeitar o direito dos usuários e de outros transeuntes. Mas também há vários fatores que provocam estresse no profissional e afetam a sua forma de dirigir.

Via de regra, o comportamento do profissional reflete aquele que recebe do seu patrão. Pode-se observar que em empresas que maltratam o empregado, esses repassam o mau tratamento aos clientes. Assim sendo, a qualidade da direção é reflexo direto da qualidade da empresa e da sua liderança. Como corolário, as más empresas, além de maltratá-lo, não investem na qualidade do seu profissional, na sua capacitação.

As condições de tráfego contribuem para o estresse de todos os circulantes, e o motorista de ônibus, dado o caráter rotineiro e constante de sua atuação no trânsito, sofre sobremaneira nessa “guerra”. O carro particular se comporta, frequentemente, como um verdadeiro inimigo do ônibus. Em parte, a própria engenharia de trânsito é responsável pelo estresse na condução de um ônibus: as curvas são fechadas demais, enquanto que as esquinas com previsão de entrada de ônibus deveriam ser dotadas de raios maiores.

Aliás, vale um comentário especial sobre as paradas de ônibus: ainda é comum, entre os administradores responsáveis, achar que a baia de ônibus é um benefício para o transporte coletivo. Na verdade, essa baia, que obriga o ônibus a sair da circulação e lutar ferozmente para voltar, é um benefício antes de tudo para o transporte individual, que fica assim como a pista livre na altura da parada de ônibus.

Como resultado, para evitar o desgaste na volta à circulação, os motoristas dos ônibus ficam longe da calçada de embarque, para poderem prosseguir em uma posição de força menos desfavorável contra os automóveis. Vale dizer que o estresse provocado nos motoristas pelas baias é um dos fatores para a redução de sua atenção. Hoje em dia, a construção de baias de paradas está sendo abandonada no mundo inteiro, por ter sido reconhecida a injustiça que elas provocam contra o transporte coletivo e seus passageiros e os pedestres.

Infelizmente, falta muito aos nossos administradores do transporte coletivo e do trânsito, mas também aos donos da empresa de transporte coletivo, entender as necessidades concretas dos passageiros e dos motoristas. Afinal, aqueles costumam viajar de carro, e transporte coletivo ainda tem tratamento de coisa de pobre, portanto sem direito à cidadania.

Professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB