(26/04/2010 - 10:27) Um dia depois das comemorações do aniversário de 50 anos de Brasília, a Secretaria de Transportes deu início aos testes de avaliação dinâmica para ajuste das dimensões das novas estações de ônibus que farão parte da Linha Verde. Para os testes, os técnicos da Secretaria de Transportes e do consórcio responsável pela obra estão utilizando um veículo articulado com aproximadamente Foram avaliadas todas as medidas para acomodação e segurança do veículo dentro da estação, como por exemplo, a altura do piso e do teto e a distância necessária para embarque e desembarque. Os testes realizados entre os dias 22 e 23 do mês corrente, poderão se repetir no dia 30 de abril. Linha Verde É o primeiro corredor de transporte que será implantado nos principais eixos de tráfego do DF e faz parte do conjunto de obras do programa Brasília Integrada, que visa modernizar o sistema viário e tornar o transporte coletivo no DF eficiente, rápido e confortável. Com a Linha Verde, a EPTG, via mais movimentada do DF da qual circulam mais de 140 mil veículos diariamente vai dobrar de tamanho. Contará com cinco viadutos, dezessete passarelas, via com quatro faixas em cada um dos sentidos – uma delas reservada para ônibus. Ao lado da pista principal, serão construídas mais duas vias marginais e ciclovias. Com o corredor exclusivo, o transporte coletivo terá uma faixa para operar e não precisará mais concorrer com o automóvel pelo espaço nas vias. Com isso, será possível proporcionar melhor serviço aos usuários do transporte coletivo, uma vez que as viagens terão seus tempos reduzidos. No projeto também consta a aquisição dos veículos com tecnologia de ponta, estações com informação sobre os horários e itinerários dos veículos, implantação de bilhetagem automática e um amplo conjunto de ações no âmbito da gestão e do fortalecimento institucional do Sistema de Transporte Urbano do DF que refletirá em maior conforto e confiabilidade para os usuários do Sistema. |
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Secretaria de Transportes inicia fase de testes para a construção das estações de ônibus na Linha Verde
sábado, 24 de abril de 2010
MP investiga suposta propina
Lilian Tahan - Correio Braziliense
Publicação: 24/04/2010 08:07
Em 30 de novembro de 2009, o empresário e ex-senador Valmir Amaral invadiu a sala onde o então presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, daria uma entrevista coletiva para explicar o episódio do dinheiro na meia. Na época, a história estava quente. O vídeo do dinheiro colocado nas vestimentas tinha sido divulgado dois dias antes. Valmir chamou a atenção dos jornalistas por dois motivos. Pelo teor das denúncias que fez contra os deputados — de que teriam recebido dinheiro para alterar a Lei do Passe Livre — e pelo estado em que se encontrava quando anunciou o suposto esquema de corrupção. Ele estava alterado, com a fala embolada e os movimentos trôpegos. Mas Valmir Amaral se dirigiu ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e, diante de promotores de Justiça, confirmou em detalhes o que havia dito de improviso no fim do ano passado.
Em função do depoimento, o Núcleo de Combate ao Crime Organizado (Ncoc) decidiu ouvir os deputados acusados por Amaral. O primeiro a prestar depoimento foi Leonardo Prudente, na tarde da última quinta-feira. Apesar de o nome completo de Leonardo Prudente ter sido citado por Amaral, em novembro e no depoimento ao MP, ex-deputado — ao ser questionado pelos promotores — entrou em crise de identidade, alegando que o Leonardo ao qual se referia Amaral não era ele. Detalhe: não há nenhum xará nesta legislatura. Prudente foi evasivo e negou ter recebido qualquer dinheiro para votar pela aprovação do passe livre. Prudente está com os bens bloqueados a pedido do Ministério Público. No momento em que prestava depoimento, saiu a decisão da Justiça tornando indisponível o patrimônio do ex-parlamentar, acusado de receber mesada para apoiar os interesses do governo na Câmara.
Depois de Prudente, os promotores também vão convocar os distritais Eurides Brito (PMDB), Benício Tavares (PMDB) e o deputado federal Alberto Fraga (DEM). O nome dos quatro aparecem no depoimento prestado por Valmir Amaral ao MP. O ex-senador acusa Leonardo, Eurides e Benício de terem recebido dinheiro de empresas ligadas ao setor de transporte para aprovar o projeto do Passe Livre. Quanto a Fraga, o empresário desconfia que Benício Tavares tentou se aproximar de Fraga, ex-secretário de Transportes, com o objetivo de beneficiar Wagner Canhedo, dono da Viação Planalto (Viplan).
Valmir Amaral disse ao MP que, em junho de 2009, recebeu um telefonema de Canhedo, pedindo que ele fosse ao seu escritório no Setor de Oficinas Sul (SOF Sul). Amaral teria ido ao encontro de Canhedo na Viplan. Na ocasião, teria recebido a informação de que seria necessário pagar R$ 1 milhão aos integrantes da Câmara Legislativa para que os distritais incluírem uma emenda estendendo o passe livre aos portadores de necessidades especiais. E que se houvesse veto do governador a essa emenda, , seriam cobrados outros R$ 600 mil para que os parlamentares derrubassem a negativa. Segundo Amaral contou aos promotores, Wagner Canhedo propôs a ele que contribuísse com R$ 170 mil para a suposta propina.
Num dos trechos do depoimento, o ex-senador diz que o valor a ser desembolsado por empresa tinha um cálculo específico: “Representa uma proporção de sua (a de Valmir Amaral) participação no mercado de transporte urbano no DF, que corresponde a cerca de 15%; que, salvo engano, o grupo Constantino detém cerca de 39% do mercado, o grupo Canhedo cerca de 30%, a Viação São José cerca de 9% e a Viação Riacho Grande cerca de 7%, que o declarante (Amaral) suspeita que todos os grupos e empresas do sistema de transporte urbano tenham pago, primeiramente R$ 1 milhão e depois mais R$ 600 mil para viabilizar a apresentação e a aprovação da emenda, bem como a derrubada do veto”. A lei chegou a ser aprovada em julho pelos distritais, com a emenda, que acabou vetada pelo então governador, José Roberto Arruda. O veto foi derrubado. Diante das denúncias, porém, novo projeto foi encaminhado â Câmara e o passe livre tornou-se lei apenas para os estudantes (Leia Para Saber mais).
O Correio tentou entrar em contato com Wagner Canhedo, mas não obteve êxito. Também procurou o Sindicato das Empresas de Transporte Público do DF, cujo presidente é o próprio Canhedo. Por meio de sua assessoria de imprensa, o sindicato disse que os fatos narrados por Amaral são inverdades. Por meio de nota, Eurides Brito diz que interpelou judicialmente o empresário para que ele "prove as infundadas acusações que fez contra a deputada". Alberto Fraga disse que, no ano passado, antes mesmo de iniciada a crise política, ao tomar conhecimento de boatos sobre o pagamento de empresários a distritais, pediu ao governador que vetasse o projeto. "Se o Ministério Público me chamar vai perder tempo, porque eu não vou. Quero ver eles me obrigarem", disse Fraga. O Correio telefonou para Benício Tavares e Leonardo Prudente, mas não conseguiu encontrar os distritais.
Para saber mais
Idas e vindas de um projeto
A lei do passe livre estudantil (Lei nº 4.462) entrou em vigor no Distrito Federal em 14 de janeiro último. A legislação garante transporte público gratuito para estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior, de cursos técnicos e profissionalizantes. Nos últimos dois casos, os cursos devem ser reconhecidos pela Secretaria de Educação e apresentar carga horária superior a 200 horas-aula. Mais de 135 mil pessoas foram beneficiadas.
O impacto nos cofres públicos está estimado em cerca de R$ 4,4 milhões mensais. Os atendidos pela lei têm direito a um total de 54 passes mensais, válidos para ônibus, metrô e micro-ônibus. Os usuários do passe, no entanto, só devem utilizá-lo em horário de itinerário escolar.
O passe livre já vinha sendo discutido há mais tempo na capital. No fim do primeiro semestre do ano passado, o GDF encaminhou para a Câmara Legislativa projeto garantindo a gratuidade no transporte público aos alunos. Os deputados distritais alteraram a proposta e estenderam o benefício aos portadores de deficiência, o que elevaria o custo do programa em R$ 11 milhões por mês. Ao sancionar a lei, porém, o então governador, José Roberto Arruda, vetou o direito às pessoas com necessidades especiais.
O texto voltou à Casa Legislativa e os parlamentares derrubaram o veto do governador, promulgando a lei. Mas a legislação foi questionada por vício de iniciativa, pois caberia apenas ao Executivo apresentar projeto sobre transporte público. Em dezembro de 2009, dias depois de o empresário Valmir Amaral denunciar o suposto pagamento de propina para a aprovação da emenda dos deficientes, o GDF encaminhou nova proposta aos distritais. Na matéria, não constavam os portadores de necessidades especiais como beneficiários. O projeto acabou aprovado sem mudanças. (Luiz Calcagno)
Em função do depoimento, o Núcleo de Combate ao Crime Organizado (Ncoc) decidiu ouvir os deputados acusados por Amaral. O primeiro a prestar depoimento foi Leonardo Prudente, na tarde da última quinta-feira. Apesar de o nome completo de Leonardo Prudente ter sido citado por Amaral, em novembro e no depoimento ao MP, ex-deputado — ao ser questionado pelos promotores — entrou em crise de identidade, alegando que o Leonardo ao qual se referia Amaral não era ele. Detalhe: não há nenhum xará nesta legislatura. Prudente foi evasivo e negou ter recebido qualquer dinheiro para votar pela aprovação do passe livre. Prudente está com os bens bloqueados a pedido do Ministério Público. No momento em que prestava depoimento, saiu a decisão da Justiça tornando indisponível o patrimônio do ex-parlamentar, acusado de receber mesada para apoiar os interesses do governo na Câmara.
Depois de Prudente, os promotores também vão convocar os distritais Eurides Brito (PMDB), Benício Tavares (PMDB) e o deputado federal Alberto Fraga (DEM). O nome dos quatro aparecem no depoimento prestado por Valmir Amaral ao MP. O ex-senador acusa Leonardo, Eurides e Benício de terem recebido dinheiro de empresas ligadas ao setor de transporte para aprovar o projeto do Passe Livre. Quanto a Fraga, o empresário desconfia que Benício Tavares tentou se aproximar de Fraga, ex-secretário de Transportes, com o objetivo de beneficiar Wagner Canhedo, dono da Viação Planalto (Viplan).
Valmir Amaral disse ao MP que, em junho de 2009, recebeu um telefonema de Canhedo, pedindo que ele fosse ao seu escritório no Setor de Oficinas Sul (SOF Sul). Amaral teria ido ao encontro de Canhedo na Viplan. Na ocasião, teria recebido a informação de que seria necessário pagar R$ 1 milhão aos integrantes da Câmara Legislativa para que os distritais incluírem uma emenda estendendo o passe livre aos portadores de necessidades especiais. E que se houvesse veto do governador a essa emenda, , seriam cobrados outros R$ 600 mil para que os parlamentares derrubassem a negativa. Segundo Amaral contou aos promotores, Wagner Canhedo propôs a ele que contribuísse com R$ 170 mil para a suposta propina.
Num dos trechos do depoimento, o ex-senador diz que o valor a ser desembolsado por empresa tinha um cálculo específico: “Representa uma proporção de sua (a de Valmir Amaral) participação no mercado de transporte urbano no DF, que corresponde a cerca de 15%; que, salvo engano, o grupo Constantino detém cerca de 39% do mercado, o grupo Canhedo cerca de 30%, a Viação São José cerca de 9% e a Viação Riacho Grande cerca de 7%, que o declarante (Amaral) suspeita que todos os grupos e empresas do sistema de transporte urbano tenham pago, primeiramente R$ 1 milhão e depois mais R$ 600 mil para viabilizar a apresentação e a aprovação da emenda, bem como a derrubada do veto”. A lei chegou a ser aprovada em julho pelos distritais, com a emenda, que acabou vetada pelo então governador, José Roberto Arruda. O veto foi derrubado. Diante das denúncias, porém, novo projeto foi encaminhado â Câmara e o passe livre tornou-se lei apenas para os estudantes (Leia Para Saber mais).
O Correio tentou entrar em contato com Wagner Canhedo, mas não obteve êxito. Também procurou o Sindicato das Empresas de Transporte Público do DF, cujo presidente é o próprio Canhedo. Por meio de sua assessoria de imprensa, o sindicato disse que os fatos narrados por Amaral são inverdades. Por meio de nota, Eurides Brito diz que interpelou judicialmente o empresário para que ele "prove as infundadas acusações que fez contra a deputada". Alberto Fraga disse que, no ano passado, antes mesmo de iniciada a crise política, ao tomar conhecimento de boatos sobre o pagamento de empresários a distritais, pediu ao governador que vetasse o projeto. "Se o Ministério Público me chamar vai perder tempo, porque eu não vou. Quero ver eles me obrigarem", disse Fraga. O Correio telefonou para Benício Tavares e Leonardo Prudente, mas não conseguiu encontrar os distritais.
Para saber mais
Idas e vindas de um projeto
A lei do passe livre estudantil (Lei nº 4.462) entrou em vigor no Distrito Federal em 14 de janeiro último. A legislação garante transporte público gratuito para estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior, de cursos técnicos e profissionalizantes. Nos últimos dois casos, os cursos devem ser reconhecidos pela Secretaria de Educação e apresentar carga horária superior a 200 horas-aula. Mais de 135 mil pessoas foram beneficiadas.
O impacto nos cofres públicos está estimado em cerca de R$ 4,4 milhões mensais. Os atendidos pela lei têm direito a um total de 54 passes mensais, válidos para ônibus, metrô e micro-ônibus. Os usuários do passe, no entanto, só devem utilizá-lo em horário de itinerário escolar.
O passe livre já vinha sendo discutido há mais tempo na capital. No fim do primeiro semestre do ano passado, o GDF encaminhou para a Câmara Legislativa projeto garantindo a gratuidade no transporte público aos alunos. Os deputados distritais alteraram a proposta e estenderam o benefício aos portadores de deficiência, o que elevaria o custo do programa em R$ 11 milhões por mês. Ao sancionar a lei, porém, o então governador, José Roberto Arruda, vetou o direito às pessoas com necessidades especiais.
O texto voltou à Casa Legislativa e os parlamentares derrubaram o veto do governador, promulgando a lei. Mas a legislação foi questionada por vício de iniciativa, pois caberia apenas ao Executivo apresentar projeto sobre transporte público. Em dezembro de 2009, dias depois de o empresário Valmir Amaral denunciar o suposto pagamento de propina para a aprovação da emenda dos deficientes, o GDF encaminhou nova proposta aos distritais. Na matéria, não constavam os portadores de necessidades especiais como beneficiários. O projeto acabou aprovado sem mudanças. (Luiz Calcagno)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Transporte público ineficiente leva brasiliense a optar pelo carro próprio
22/04/2010
A capital federal chega aos 50 anos com uma das maiores frotas de veículos do país em relação ao número de habitantes. Do total de 1,16 milhão de veículos registrados até março deste ano, 76,7% são de automóveis, 10,7% de motocicletas e 0,7% de ônibus, conforme dados do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).
O número de carros nas ruas da capital dobrou nos últimos anos, e a estimativa é que um novo aumento ocorra em menos de uma década. A renda alta e estável do brasiliense e as políticas governamentais de incentivo à compra de automóvel (linhas de financiamento e redução de impostos) ajudaram o brasiliense a ter carro próprio.
O coordenador de pesquisa do Centro Interdisciplinar de Recursos em Transporte da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão, aponta outro fator que motivou o brasiliense, mesmo de baixa renda, a buscar o carro próprio para se deslocar na cidade: a falta de políticas públicas que propiciem um transporte coletivo eficiente.
Aragão descreve o sistema de transportes coletivos da capital, que usa principalmente ônibus, como “nulo”. Segundo ele, os 30 milhões de pessoas que dependem do transporte coletivo todos os dias enfrentam longa espera nas paradas, veículos antigos, muitos deles irregulares, além do descumprimento dos horários e dos itinerários pelas empresas.
“O usuário não tem controle de quanto tempo vai esperar no ponto. Para você conseguir chegar hoje no emprego, precisa de carro”, afirmou o professor.
Levantamento do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), autarquia responsável pela fiscalização das operadoras de ônibus, mostra que o descumprimento dos horários e das rotas está entre as principais irregularidades cometidas pelas empresas. Até meados de março deste ano, foram aplicadas 710 multas. Em 2009, foram 5.566. Desde 2002, as notificações somam R$ 19 milhões. “Não está na pauta de nenhum governo enquadrar as operadoras. A programação é improvisada. É um transporte improvisado”, acrescenta Aragão.
Ainda segundo o DFTrans, dos 2.817 ônibus que circulam na cidade, 1.950 têm até dois anos de uso.
O representante da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Nazareno Affonso, afirma que, para melhorar o transporte coletivo na capital, é preciso ir além da implantação de faixas exclusivas para esses veículos. É necessário também desconcentrar a quantidade de empregos na área central de Brasília, o Plano Piloto.
De acordo com Affonso, a concentração dos postos de trabalho é um dos fatores da tarifa alta na capital. Isso porque a maioria dos trabalhadores vive fora do centro, nas chamadas cidades-satélites, e para chegar ao emprego a viagem se torna longa, em alguns casos, de até 60 quilômetros. A tarifa na capital varia de R$ 1,50 a R$ 3,00 para os ônibus urbanos.
Uma das apostas do governo distrital para melhorar o transporte coletivo é o Projeto Brasília Integrada, que prevê a ligação das linhas de ônibus com o metrô, com tarifa única. O projeto tem apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Fonte: Agência Brasil
Funcionários da TCB invadem garagem e seis linhas de ônibus deixam de circular
Ana Elisa Santana - Correio Braziliense
Publicação: 22/04/2010 08:40 Atualização: 22/04/2010 10:02
Cerca de 180 funcionários da Transporte Coletivo de Brasília (TCB) invadiram a garagem da empresa, próxima ao Palácio do Buriti, no Eixo Monumental, por volta das 4h desta quinta-feira (22/4). Com a ocupação, seis linhas de ônibus não estão rodando no centro de Brasília nesta manhã.
As linhas paralisadas são 108, 108.3, 108.4, 108.5, 108.6 e 108.7. Elas fazem a integração com o Metrô e seguem a pontos como o Shopping Pier 21, Rodoferroviária e Shopping Popular, Setor Militar Urbano e Setor de Indústras Gráficas (SIG). Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do GDF (Sindser), Evandro Machado, os ônibus transportam, por dia, cerca de 17 mil pessoas.
Os servidores reivindicam a negociação da data-base da categoria. De acordo com Machado, a pauta foi enviada ao governo há dois meses. "Estamos a poucos dias do prazo e ainda não fomos chamados pelo governo para uma reunião", afirma ele. "Só sairemos daqui quando houver uma negociação e chegarmos a um acordo", completa.
Ainda segundo o presidente do Sindser, o documento enviado pela TCB ao GDF tem 14 itens. Entre as principais reivindicações, está o reajuste de salário em 15% e aumento do tíquete alimentação de R$ 360 para R$ 630.
Aguarde mais informações
As linhas paralisadas são 108, 108.3, 108.4, 108.5, 108.6 e 108.7. Elas fazem a integração com o Metrô e seguem a pontos como o Shopping Pier 21, Rodoferroviária e Shopping Popular, Setor Militar Urbano e Setor de Indústras Gráficas (SIG). Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do GDF (Sindser), Evandro Machado, os ônibus transportam, por dia, cerca de 17 mil pessoas.
Os servidores reivindicam a negociação da data-base da categoria. De acordo com Machado, a pauta foi enviada ao governo há dois meses. "Estamos a poucos dias do prazo e ainda não fomos chamados pelo governo para uma reunião", afirma ele. "Só sairemos daqui quando houver uma negociação e chegarmos a um acordo", completa.
Ainda segundo o presidente do Sindser, o documento enviado pela TCB ao GDF tem 14 itens. Entre as principais reivindicações, está o reajuste de salário em 15% e aumento do tíquete alimentação de R$ 360 para R$ 630.
Aguarde mais informações
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Ameaça é de greve
Jornal de Brasília
16/04/2010
Usuários de ônibus do Distrito Federal podem ficar sem transporte público a partir de 1º de maio. Os rodoviários ameaçam entrar em greve caso as reivindi-
cações não sejam atendidas pelas empresas de ônibus da cidade. A paralisação pode atingir cerca de um milhão de pessoas. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrenos de Passageiros Urbanos, Interestaduais, Especiais, Escolares, Turismo e de Carga do DF (Sittrater/DF) preparou recentemente uma pauta de reivindicações. As propostas são de reajuste de 20% nos salários e benefícios (tíquete alimentação e cesta básica), a criação de um plano de saúde de R$ 150 para todos os empregados e até quatro dependentes, um adicional de insalubridade de 30% para os motoristas que trabalham nos veículos mais antigos, com motores na dianteira entre outras. "Estamos pedindo esse reajuste de 20% mantendo nossa série de conquistas", afirma Jorge Farias, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários.
A pauta de reivindicações elaborada pelo Sittrater/DF atende também funcionários da manutenção. "Pedimos um reajuste na carga horária dos trabalhadores da manutenção dos veículos, de 42 horas para 40 horas semanais, como era antes", completa. Outras reivindicações dos rodoviários são a aquisição de veículos com câmbio automático e a doação de três uniformes por semestre para os funcionários que trabalham nos serviços gerais.
ENQUETE
O que você acha do possível aumento no valor da passagem para evitar greve dos rodoviários? "Eu acho um absurdo aumentar o valor da passagem. Já é a mais cara então não acho que deve aumentar de novo." Tatiana Ferreira, 26 anos, autônoma "É muito ruim. Já falam que aqui é uma das cidades com passagens mais caras e querem aumentar ainda mais." Carliane de Oliveira, 23 anos, auxiliar administrativa "Acho péssimo. Tudo que vem para tirar do bolso da população é ruim, prejudica demais os usuários do transporte . "
Veridiano Batista de Araújo, 63 anos, aposentado "Subir o preço não pode. A passagem já é cara e pra gente que trabalha e usa o transporte todo dia fica muito ruim." Edivaldo Batista, 38 anos, p e dre i ro
AUMENTO SERIA PRECISO
Na outra ponta da história está o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros do Distrito Federal (Setransp/DF), que realizou um levantamento em que calculou que para suprir a demanda dos rodoviários, teria de triplicar o preço das passagens. "É um absurdo esses 20%. Eles já tiveram aumento de 11% acima da inflação e nós não temos aumento na tarifa desde 2006", conta Cláudio Diegues, diretor de Planejamento da Viplan e assessor Técnico da Setransp/DF. "Estou aguardando a orientação do Sindicato para saber como agir", completa. De acordo com o levantamento, o reajuste salarial somado aos aumentos dos benefícios nos últimos cinco anos chegam a 35,72%, aproximadamente, o que daria 11 pontos percentuais acima da inflação no mesmo período (24,82%). Os dados comparativos são de acordo com os Índices Nacionais de Preço ao Consumidor (INPC).
FROTA RESERVA
O Dftrans desconhece a informação e diz estar preparado caso os rodoviários entrem em greve. Por meio de sua assessoria, o órgão informou que não está sabendo da possibilidade de greve e que caso aconteça, uma frota reserva de ônibus será colocada nas ruas. No Distrito Federal os motoristas de ônibus ganham R$ 13,74 por hora trabalhada e os cobradores R$ 9,31. Em Porto Alegre, onde é pago o segundo melhor salário do país, motoristas ganham R$ 11,75 por hora enquanto os cobradores recebem R$ 8,42. Entretanto, a carga horária semanal é de 43h. Em Curitiba, onde a carga horária é a mesma de Brasília, os motoristas recebem R$ 10,56 por hora e os cobradores R$ 6,85. Dentre todas as capitais do país, apenas Brasília e Curitiba exigem uma carga de 36h semanais dos motoristas e cobradores, o restante trabalha com uma carga mínima de 40h por semana.
A frota de ônibus do Distrito
Federal hoje é de 2.818 veículos para atender mais de 30 milhões de usuários por mês. O último aumento dado aos rodoviários foi em maio de 2009, quando a categoria conseguiu 8,94%.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Operação apreende sete veículos por transporte irregular de passageiros
Correio Web
13/04/2010
Sete motoristas foram flagrados em Sobradinho, na manhã desta terça-feira (13/4), transportando passageiros de forma irregular. A multa para os condutores poder variar de de R$ 2 mil a R$ 5 mil, conforme a reincidência. No entanto, nenhum dos motoristas já havia sido flagrado cometendo a infração.
Os carros foram apreendidos e encaminhados para Depósito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF). A operação foi realizada por seis fiscais do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) e teve o objetivo de apreender veículos utilizados para transporte pirata.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Governo discute redução das tarifas de ônibus
Jornal Alô Brasília
11/04/2010
Uma possível redução nos preços das passagens das linhas de ônibus que ligam o Entorno do DF a Brasília foi o tema de uma reunião na manhã desta quarta-feira (7) no anexo do Palácio do Buriti entre prefeitos de sete municípios do Entorno com o governador em exercício Wilson Lima. Segundo os prefeitos de Planaltina de Goiás, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia, as altas tarifas dificultam que moradores destes municípios encontrem emprego no DF.
Também participaram do encontro o secretário de Transporte, Gualter Tavares Neto, os deputados federais Alberto Fraga (DF) e Sandro Mabel (GO) e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
De junho do ano passado para cá, a tarifa de ônibus de Planaltina de Goiás para Brasília passou de R$ 4,05 para R$ 4,25. Ciente do reajuste, Wilson Lima deve buscar maneiras para reduzir o preço da passagem, já que 30 mil moradores de Planaltina de Goiás trabalham em Brasília e movimentam a economia do DF.
Geraldo Messias, prefeito de Águas Lindas de Goiás, reforçou que a meta é reduzir o valor das passagens de R$ 4,25 para R$ 3,00. “Com o convênio em vigor reduziremos as tarifas e, consequentemente,o desemprego na cidade”, analisou.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Para prefeitos do Entorno, a meta do convênio é reduzir as tarifas e quebrar o monopólio na região
Blog da Rede Integrada de Transporte Coletivo/ Agência Brasília de Notícias
07/04/2010
Uma possível redução nos preços das passagens das linhas de ônibus que ligam o Entorno do DF a Brasília foi o tema de uma reunião na manhã de hoje, no Anexo do Palácio do Buriti entre prefeitos de sete municípios do Entorno com o governador em exercício, Wilson Lima. Segundo os prefeitos de Planaltina de Goiás, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia, as altas tarifas dificultam que moradores destes municípios encontrem emprego no DF.
Também participaram do encontro o secretário de Transportes, Gualter Tavares Neto, os deputados federais Alberto Fraga (DF) e Sandro Mabel (GO) e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De junho do ano passado para cá, a tarifa de ônibus de Planaltina de Goiás para Brasília passou de R$ 4,05 para R$ 4,25. Ciente do reajuste, Wilson Lima deve buscar maneiras para reduzir o preço da passagem, já que 30 mil moradores de Planaltina de Goiás trabalham em Brasília e movimentam a economia do DF.
Geraldo Messias, prefeito de Águas Lindas de Goiás, reforçou que a meta é reduzir o valor das passagens de R$ 4,25 para R$ 3,00. “Com o convênio em vigor reduziremos as tarifas e, consequentemente, o desemprego na cidade”, analisou. Durante a reunião também foi debatida a possibilidade de o Distrito Federal assumir o sistema de transporte das cidades do Entorno. O convênio que autoriza o GDF a gerir plenamente o sistema de transporte desses municípios será avaliado e pode ser assinado em 30 dias pelo governador em exercício.
Para o prefeito de Planaltina de Goiás e representante da comissão que pede urgência na assinatura do convênio, José Neto, a medida vai quebrar o monopólio das empresas de transporte público que atuam no Entorno, além de igualar o valor das tarifas, beneficiando passageiros da região. “Os trabalhadores não conseguem vagas no mercado de trabalho da capital porque a tarifa de transporte é alta”, afirmou Neto. “É importante analisar que 90% da população do Entorno trabalha em Brasília e corre risco de perder o emprego”.
De acordo com o prefeito de Santo Antônio do Descoberto, Davi Leite, o mais importante do convênio será a proximidade do gestor do transporte, no caso o GDF, com essas cidades. “A ANTT é muito distante e precisa cuidar do País inteiro”, afirmou Leite. Segundo o prefeito, o novo acordo vai possibilitar a quebra do monopólio no sistema de transporte das cidades do Entorno. “Novas licitações serão feitas e bem mais rapidamente, e assim haverá possibilidade de baixar o preço das tarifas”. Cerca de 20 mil pessoas de Santo Antônio do Descoberto vêm a Brasília diariamente e apenas uma empresa faz esse transporte. O Distrito Federal conta com 826 linhas de ônibus, sendo que 320 fazem o transporte do Entorno.
Wilson Lima se reune com prefeitos do Entorno para debater redução da tarifa de ônibus
Correio Braziliense
07/04/2010
Prefeitos de sete municípios do Entorno do Distrito Federal debateram com o governador em exercício Wilson Lima, uma possível redução nos preços das passagens dos ônibus que ligam o Entorno do DF a Brasília, em reunião na manhã desta quarta-feira (7/4), no anexo do Palácio do Buriti.
Segundo os prefeitos de Planaltina de Goiás, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia, as altas tarifas dificultam que moradores destes municípios encontrem emprego no DF.
De junho do ano passado para cá, os cerca de 30 mil moradores de Planaltina de Goiás que trabalham em Brasília tiveram a tarifa do ônibus que faz a linha entre as cidades reajustadas de R$ 4,05 para R$ 4,25. Segundo o prefeito de Águas Lindas (GO), Geraldo Messias, a meta é reduzir o valor das passagens para R$ 3,00.
Também participaram do encontro o secretário de Transporte, Gualter Tavares Neto, os deputados federais Alberto Fraga (DF) e Sandro Mabel (GO) e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
GDF pode gerir sistema
Durante a reunião também foi debatida a possibilidade de o Distrito Federal assumir o sistema de transporte das cidades do Entorno. O convênio que autoriza o GDF a gerir plenamente esse sistema será avaliado e pode ser assinado em 30 dias pelo governador em exercício. O Distrito Federal conta com 826 linhas de ônibus, sendo que 320 fazem o transporte do Entorno.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Difícil chegar ou sair
Jornal de Brasília
08/04/2010
Transporte público insuficiente, falta de paradas de ônibus e superlotação são reclamações de moradores de Águas Claras e trabalhadores que dependem da
condução pública para chegar ou sair da cidade.Nas avenidas principais, aglomerados de pessoas esperam ônibus durante horas em pontos onde sequer há sinalização. O guarda-chuva serve, para alguns, de abrigo contra o sol e a chuva, enquanto os menos prevenidos aguardam o transporte público
sem qualquer proteção.
A auxiliar de serviços Francisca da Cruz, de 28 anos, já foi à pé do centro de Águas Claras até o Taguatinga Shopping por causa da falta de transporte. "Eu moro no P Norte (Ceilândia Norte), estava tarde e o ônibus não passava", conta. A amiga Genilda Pereira, de 35 anos, também mora na Ceilândia e garante que já esperou ônibus até tarde, sem nenhum êxito. Genilda acorda todos os dias quando ainda está escuro para ir ao trabalho. "Às 5h já estou na parada esperando ônibus", enfatiza a mulher, que precisa pegar um ônibus da Ceilândia para Taguatinga e, depois, o metrô para chegar ao trabalho em Águas Claras. "Eu tiro do bolso o dinheiro da segunda condução porque a empresa paga apenas o valor de ida e volta". Segundo a auxiliar de serviços, no fim de semana a situação piora, porque o número de linhas é menor e o metrô funciona apenas até 19h. "Fica escuro, não tem parada de ônibus, é até perigoso ser assaltado".
Já Ismael Barbosa, de 45 anos, reclama da superlotação dos ônibus. Morador de Águas Lindas, o operário conta que o número de passageiros é maior do que o veículo comporta. "Os ônibus ficam muito cheios. A gente fica bem apertado no corredor, não dá para andar nem para se mexer".
Para o presidente da Associação de Moradores de Águas Claras, Júlio de Oliveira, a ineficiência do transporte público é um dos motivos para tantos engarrafamentos na Epia, via de acesso a cidade. "A cultura do carro é reforçada porque as necessidades das pessoas não são atendidas. Elas preferem usar o carro do que enfrentar chuva, lama, sol ou ficar horas esperando pelo ônibus". Segundo ele, a cidade foi concebida para ser atendida pelo metrô. "O problema é que o metrô tem horário e rotas limitadas e muitos ônibus não respeitam hora nem itinerário. As vans foram retiradas, mas até hoje não foram substituídas por ônibus ou micro-ônibus". O presidente da Associação garante que já se reuniu com a Administração de Águas Claras, a Secretaria de Transportes e até o Conselho de Segurança. "Esse problema eflete na segurança. A pessoa fica horas na parada escura, sem abrigo, uma presa fácil para bandidos".
JUSTIFICATIVAS
O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) informou que atualmente 24 linhas atendem Águas Claras, assim como os ônibus que percorrem Ceilândia, Taguatinga e Recanto das Emas e passam pelo local. Segundo o DF- Trans, a demanda de transporte público na cidade foi avaliada por técnicos levando em conta os serviços do metrô.
O DFTrans avisou ainda que para criar uma nova linha os moradores devem organizar um abaixo-assinado. "A linha só é aberta se houver viabilidade financeira, isto é, uma demanda que justifique sua criação". Quanto às paradas de ônibus, a previsão é de que, até outubro, 39 sejam construídas em Águas Claras. Ao todo, 450 abrigos serão feitos em todo o Distrito Federal
Assumindo o Entorno
Mesmo com deficiência na prestação de serviços em algumas localidades, o GDF pode também assumir o transporte público do Entorno. Na manhã de ontem, representantes de cidades goianas vizinhas ao Distrito Federal discutiram com o governador em exercício, Wilson Lima, possíveis soluções aos problemas enfrentados por usuários de transporte público do Entorno, hoje fiscalizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Entre as soluções apontadas está um convênio que autorizaria o governo do DF a gerir plenamente o sistema de transporte desses municípios. O convênio será avaliado e pode ser assinado em 30 dias pelo GDF. Durante a reunião também foi debatida uma possível redução nos preços das passagens de ônibus que ligam o Entorno do DF a Brasília. Segundo os prefeitos das cidades, as altas tarifas dificultam que moradores destes municípios encontrem
emprego na capital.
Desde junho do ano passado, o preço do ônibus de Planaltina de Goiás para Brasília passou de R$ 4,05 para R$ 4,25, sendo que 30 mil moradores do município trabalham no DF. O prefeito de Planaltina de Goiás e representante da comissão que pede urgência na transferência de gestão para o GDF, José Neto, acredita que a mudança vai quebrar o monopólio das empresas de trans-
porte público que atuam no Entorno e colaborar para uma redução automática do valor das passagens. "Vai quebrar o monopólio, a passagem pode reduzir para R$ 3, além de valorizar o idoso, as grávidas e os portadores de necessidades especiais que utilizam o serviço". Segundo ele, atualmente, 90% da população do Entorno que trabalha em Brasília corre risco de perder o emprego.
Em Santo Antônio do Descoberto o problema do monopólio das empresas de transporte se repete. Cerca de 20 mil pessoas do município vêm para Brasília diariamente e apenas uma empresa oferece esse serviço. A ANTT informou que fez, no primeiro semestre do ano passado, uma minuta de convênio delegando ao Distrito Federal e a Goiás a responsabilidade pela licitação de empresas de transporte e a fiscalização dos mesmos nas cidades do Entorno. Segundo a Agência, até o momento nenhum dos governos tinha se posicionado.
DF pode assumir linhas do Entorno
8/4/2010
Correio Braziliense
Os prefeitos do Entorno pediram ontem ao governador em exercício Wilson Lima (PR) que o Distrito Federal assuma o controle do sistema de transporte público da região. Eles querem que seja firmado um convênio para que haja redução do preço das passagens entre os municípios mais próximos e o DF e que sejam feitas vistorias regulares nos veículos que atravessam a divisa. Atualmente, a gestão do transporte é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Prefeitos de Águas Lindas, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Novo Gama se reuniram com o governador no Palácio do Buriti. O encontro contou ainda com a presença dos deputados federais Sandro Mabel (PR-GO) e Alberto Fraga (DEM-DF) e técnicos da ANTT. Eles foram pedir que Wilson Lima assine o convênio o mais rápido possível. O governador, contudo, pediu 30 dias para que o DFTrans, órgão que fiscaliza o transporte urbano da capital, analise todos os pontos do acordo antes de firmar compromisso.
O convênio abrangeria ainda Valparaíso, Luziânia e Cidade Ocidental. Apenas o GDF se responsabilizaria pelo sistema do Entorno. Em contrapartida, o governo local cobraria uma taxa de 3,8% em cima do faturamento das empresas, tal qual ocorre com as que atuam internamente no DF.
Cerca de 600 mil pessoas deslocam-se diariamente das cidades goianas para o DF. O preço das passagens varia de R$ 2,95 a R$ 5,55 (a mais cara leva para Luziânia). "A tarifa é um absurdo e acaba provocando desemprego, porque as empresas do Plano Piloto, por exemplo, querem contratar os funcionários que moram no Distrito Federal, para pagar menos na passagem", disse Alberto Fraga, ex-secretário de Transportes do DF.
Regras
As empresas que atuam em Goiás seriam submetidas aos mesmos procedimentos adotados com as concessionárias de Brasília. Além disso, o convênio regulamentaria horários e itinerários. Os veículos que circulam no DF são vistoriados por técnicos do DFTrans. Esse tipo de fiscalização não ocorre regularmente, segundo José Neto, prefeito de Planaltina.
Mabel está otimista sobre a possibilidade de assinatura do convênio. "O acordo só vai melhorar a vida dos usuários de ônibus da região", afirmou. De acordo com Fraga, que deixou a secretaria de Transportes do DF no início do mês passado, é preciso direcionar o sistema na região. "A assinatura do convênio e a entrada do DFTrans tiram do dono de empresa de ônibus do Entorno o direito de fazer o que bem entender sem ter que dar explicações a ninguém", afirmou.
Os usuários acreditam que a transferência da responsabilidade pelas linhas goianas será melhor. "Se o governo de Brasília tomar conta dos ônibus de Goiás vai ser melhor porque as coisas são muito mais organizadas na capital", acredita a faxineira Aldenísia Caixeta da Silva, 39 anos, moradora do Novo Gama.
Para o Grupo Amaral, que tem linhas no DF e em três cidades goianas, o convênio precisa ser repensado. "Esse tipo de acordo é arriscado para o Governo do Distrito Federal e para as empresas, porque há muitas amarras jurídicas nas linhas(1) de transporte interestadual semiurbano", disse Leonardo da Silva, diretor de controle do grupo. João Caetano, gerente da Taguatur, que atua em Águas Lindas de Goiás, disse que a empresa não foi notificada sobre a possibilidade de se firmar o convênio.
1 - Limite
O Decreto Federal nº 2.521, de 1998, regulamenta o transporte interestadual semiurbano, como o que ocorre entre Goiás e o Distrito Federal. A lei diz que deve haver linhas que percorrem, no máximo, 75 quilômetros de extensão. De acordo com Leonardo da Silva, do Grupo Amaral, há empresas que percorrem até 90 quilômetros entre as duas unidades da Federação.
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