quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

350 novos ônibus


quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Distrito Federal com 350 novos ônibus nas ruas


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou ontem a entrega de 350 novos ônibus para a população, durante encontro entre empresários do setor de transportes, rodoviários, representantes do DFTrans e da Secretaria de Transportes, realizado no Eixão Sul, na altura da Quadra 110, próximo ao antigo Cine Karin.

Os coletivos estarão nas ruas a parir de novembro. Estiveram presentes o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga; o diretor geral do DFTrans, Paulo Henrique Munhoz; e a administradora de Brasília, Ivelise Longhi. O governador explicou que a renovação da frota de ônibus foi possível devido ao aumento no valor da receita e a ampliação dos esforços para combater o transporte pirata no DF. “Com o aumento do número de usuários do transporte público, conseguimos exigir dos empresários a renovação da frota de ônibus sem reajustar o valor da tarifa”, afirmou Arruda, lembrando que o valor da passagem de ônibus é o mesmo de três anos atrás.

“Estamos legalizando e melhorando o transporte público, proporcionando mais segurança e conforto para os usuários, e conseguimos, em três anos de governo, colocar 1.950 novos ônibus nas ruas sem aumentar o valor da passagem, que permanece a R$ 3”, discursou o governador, frisando que a idade média da frota de ônibus em Brasília já foi de 14 anos e hoje é de apenas 4 anos.

O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, explicou que a renovação é feita com custo zero para a população. Ele disse que Brasília possui hoje a frota de ônibus mais nova do Brasil.“Estamos entregando hoje 350 novos ônibus e conseguimos ampliar o número de viagens de 3 mil para 6,5 mil realizadas diariamente.

Hoje, Brasília é a décima-quarta cidade em valor médio de tarifa de transporte, e estamos acabando com aquela imagem de que a cidade possui a passagem mais cara do país e o pior sistema de transporte público”, disse Fraga, argumentando que faltam 250 novos ônibus para que toda a frota de veículos coletivos em circulação no DF fique abaixo da idade média de 4 anos.

O governador Arruda lembrou que Brasília e São Paulo foram as únicas capitais que não registraram aumento no preço das passagens e prometeu que não haverá reajuste. “A tarifa continuará sendo de R$ 3”, disse.

350 novos ônibus nas ruas


29 DE OUTUBRO DE 2009
Arruda afirma que não haverá reajuste no valor das passagens
Cleber Augusto
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou ontem a entrega de 350 novos ônibus para a população, durante encontro entre empresários do setor de transportes, rodoviários, representantes do DFTrans e da Secretaria de Transportes,  realizado no Eixão Sul, na altura da Quadra 110, próximo ao antigo Cine Karin. Os coletivos estarão nas ruas a parir de novembro. Estiveram presentes o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga; o diretor geral do DFTrans, Paulo Henrique Munhoz; e a administradora de Brasília, Ivelise Longhi.
O governador explicou que a renovação da frota de ônibus foi possível devido ao aumento no valor da receita e a ampliação dos esforços para combater o transporte pirata no DF. “Com o aumento do número de usuários do transporte público, conseguimos exigir dos empresários a renovação da frota de ônibus sem reajustar o valor da tarifa”, afirmou Arruda, lembrando que o valor da passagem de ônibus é o mesmo de três anos atrás.
“Estamos legalizando e melhorando o transporte público, proporcionando mais segurança e conforto para os usuários, e conseguimos, em três anos de governo, colocar 1.950 novos ônibus nas ruas sem aumentar o valor da passagem, que permanece a R$ 3”, discursou o governador, frisando que a idade média da frota de ônibus em Brasília já foi de 14 anos e hoje é de apenas 4 anos.
O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, explicou que a renovação é feita com custo zero para a população. Ele disse que Brasília possui hoje a frota de ônibus mais nova do Brasil.
“Estamos entregando hoje 350 novos ônibus e conseguimos ampliar o número de viagens de 3 mil para 6,5 mil realizadas diariamente. Hoje, Brasília é a décima-quarta cidade em valor médio de tarifa de transporte, e estamos acabando com aquela imagem de que a cidade possui a passagem mais cara do país e o pior sistema de transporte público”, disse Fraga, argumentando que faltam 250 novos ônibus para que toda a frota de veículos coletivos em circulação no DF fique abaixo da idade média de 4 anos.
O governador Arruda lembrou que Brasília e São Paulo foram as únicas capitais que não registraram aumento no preço das passagens e prometeu que não haverá reajuste. “A tarifa continuará sendo de R$ 3”, disse.

Investimento e modernização
O diretor geral do DFTrans, Paulo Henrique Munhoz, explica que os novos ônibus possuem plataformas de acesso para pessoas com necessidades especiais, motores com injeção eletrônica, e afirma que todos serão equipados com sistema eletrônico, que permitirá ao usuário saber com precisão o itinerário dos ônibus, o horário de chegada e partida e outras informações do sistema.
“Este sistema ITS (Inteligence Transport Sistem), integrado com o sistema GPS (Global Position Sistem), possibilitará ao passageiro saber a que horas o ônibus chegará à parada, as escalas que serão realizadas, o tempo gasto  e todas as outras informações sobre o ônibus em que ele irá embarcar. Será instalado um aparelho dentro dos veículos e outro nas paradas de ônibus, e talvez um dia os usuários poderão ter acesso às informações através do aparelho celular”, acredita Munhoz.
Para o presidente da Viplan, Wagner Canhedo, a renovação beneficiará toda a população do Distrito Federal. “Investimos R$ 130 milhões para a aquisição de 400 novos ônibus, e esses veículos estarão nas ruas a partir novembro.”
http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=3390

Linha Especial


Transporte público terá horário especial para a virada. Tarifa do metrô será de R$ 1


Publicação: 30/12/2009 10:34 Atualização: 30/12/2009 15:07

Nesta quinta-feira (31/12), último dia de 2009, haverá reforço no funcionamento dos ônibus e do Metrô, para facilitar o transporte de quem quer festejar a chegada do novo ano. Os ônibus que vão até a Rodoviária do Plano Piloto circularão em maior número, ainda não definido, o que dependerá da demanda. Os horários de circulação serão mantidos.
Uma linha especial, 103.1, fará o transporte dos que festejarão na Prainha, no Setor de Clubes Sul. O ônibus sairá da Rodoviária do Plano Piloto. No dia 1º os ônibus circulam com tabela de feriado.
Metrô
O Metrô opera desde as 6h de quinta-feira (31/12) e só vai parar às 3h de sexta-feira (1º/1). Até as 23h30, o embarque e desembarque será normal em todas as estações. De 23h30 às 3h do dia 1º, o embarque será somente nas estações Central (Rodoviária do Plano Piloto) e Galeria. No dia 1º de janeiro não haverá operação. A passagem do Metrô nos dois dias custará R$ 1.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Rodoviária


Nova Rodoviária estará pronta em 2010Terminal de ônibus localizado nas proximidades do ParkShopping deve ficar concluído em fevereiro, com inauguração no cinquentenário de Brasília. Obra é realizada por meio de uma Parceria Público-Privada


Juliana Boechat
Publicação: 19/12/2009 07:05 Atualização: 19/12/2009 08:36

O governador Arruda visitou ontem pela manhã a área onde está sendo erguido o novo terminal de ônibus - (Elio Rizzo/Esp. CB/D.A Press )
O governador Arruda visitou ontem pela manhã a área onde está sendo erguido o novo terminal de ônibus
A estrutura moderna em formato de asa-delta, localizada próxima à estação do metrô do ParkShopping, chama a atenção de quem passa pela DF-003 (Epia). Ali está sendo erguida a nova Rodoviária de Brasília, que substituirá a Rodoferroviária. O fim da obra está previsto para fevereiro do próximo ano, mas a inauguração deve ocorrer em 21 de abril, quando Brasília comemora o cinquentenário. O novo terminal rodoviário contará com infraestrutura de última geração, serviço de qualidade e apoio do transporte público do Distrito Federal para facilitar o acesso ao local. O investimento será de R$ 50 milhões.

Ontem pela manhã, o governador José Roberto Arruda esteve no canteiro de obras para verificar o andamento dos trabalhos. Arruda avalia que um dos maiores atrativos da nova Rodoviária é a proximidade com o metrô e outros investimentos realizados na malha viária do DF. “O cidadão poderá pegar um metrô para cidades como Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Ou ainda, pode optar de metrô até a Rodoviária do Plano Piloto e, de lá, seguir para Sobradinho, por exemplo”, explicou. Durante a visita, Arruda foi abordado por um pedreiro da obra que apoiou a continuidade dele à frente do GDF.

A Rodoviária está localizada em um ponto próximo à estação Shopping do Metrô, às margens da recém-ampliada Epia e ainda estará próxima à Via Interbairros, que ligará Samambaia ao Plano Piloto. Com uma área construída de 22 mil metros quadrados e capacidade para atender 2 milhões de pessoas, o novo terminal conta com 32 baias de ônibus e 60 guichês para venda de passagens. O espaço terá praça de alimentação, lojas, televisões e sistema de som para avisos de chegada e partida dos ônibus em cada terminal. Toda a área coberta será climatizada. O sistema de segurança também aumentará: só poderá entrar na área de embarque quem estiver com a passagem em mãos. Segundo o engenheiro de produção da Rodoviária, Melanio Soares Ribeiro Neto, 43 anos, os materiais usados são de última geração. Cerca de 80% da obra já está concluída.

O secretário de Obras, Jaime Alarcão, explicou que a nova Rodoviária livrará o GDF de um prejuízo mensal de R$ 250 mil, gastos com despesas operacionais da Rodoferroviária. Como a obra será feita por Parceria Público-Privada, liderada pela JCGontijo, não terá gastos. Pelo contrário: receberá 5% da receita bruta gerada pelo terminal. “Hoje temos uma rodoviária desconfortável, inadequada, com aspecto de suja, que ainda gera um prejuízo mensal de R$ 250 mil. O novo espaço vai funcionar no mesmo padrão de um aeroporto. As empresas farão a exploração comercial por 30 anos”, disse.

"Hoje temos uma rodoviária desconfortável, inadequada, com aspecto de suja, que ainda gera um prejuízo mensal de R$ 250 mil. O novo espaço vai funcionar no mesmo padrão de um aeroporto"
Jaime Alarcão, secretário de Obras


Escuro e sem conforto
Defasada, a Rodoferroviária é alvo de crítica por grande parte dos frequentadores. Com capacidade para atender 800 mil pessoas, o espaço não suporta a grande procura, principalmente em época de férias e feriados prolongados. A sala de espera, localizada no salão central, é escura e desconfortável. Ali também estão os guichês de venda das passagens. O pouco espaço obriga empresas a dividir guichês, como ocorre com a Real Expresso e a Rápido Federal. Para chegar à Rodoferroviária, o passageiro deve pegar um táxi, carona ou apelar para as poucas linhas de ônibus que chegam ao local.

Não há praça de alimentação. Os quiosques de comida estão instalados às margens da pista de embarque e desembarque. São 12 baias para ônibus leitos. Em época de grande movimento, a administração libera as sete baias do subsolo para dar vazão à quantidade de passageiros. Ainda assim, não há vaga para todo mundo. Em alguns casos, o motorista estaciona o veículo longe e os passageiros andam 15 minutos carregando as malas até chegar ao terminal.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Rodoferroviária

Programação de transporte para as festas de fim de ano
(17/12/2009 - 16:06)

Com o período de férias escolares e a aproximação das festas de fim de ano, o fluxo de passageiros na rodoferroviária aumentará em até 90%. O movimento em períodos normais que é, em média, de quatro mil e trezentos embarques e desembarques por dia, saltou para aproximadamente oito mil neste final de ano. A expectativa é de que esses números se mantenham até o dia 31 de dezembro, podendo aumentar na véspera do Natal e do Reveillon. No período, serão disponibilizados entre 150 e 200 veículos extras por dia. Essa quantia, por sua vez, pode aumentar de acordo com a demanda. Os roteiros mais procurados são Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e a região Nordeste. Até o dia 31 de dezembro, diariamente, cerca de 450 ônibus devem deixar a cidade e 300 devem chegar com passageiros de fora. ÔNIBUS Os horários das linhas de ônibus operarão normalmente neste final de ano. Porém, alterações serão feitas nos dias 24 e 31 de dezembro. No dia 24 de dezembro, as linhas irão circular normalmente até às 14h, quando termina o expediente de trabalho. A partir desse horário, pode haver redução ou reforço nas linhas, dependendo da demanda. Já no dia 31 de dezembro, todas as linhas que operam na Rodoviária do Plano Piloto também serão reforçadas, conforme a demanda, para atender aqueles que participarão do Ano Novo na Esplanada dos Ministérios. Uma linha especial, 103.1 (Rodoviária/Prainha), entrará em operação no dia 31 e realizará viagens de acordo com demanda. METRÔ Para facilitar a vida do cidadão com as compras de final de ano, os horários de funcionamento do Metrô-DF foram modificados nos finais de semana e feriados de dezembro. No período, o movimento de passageiros aumenta da mesma forma que nos grandes centros de compras. Os usuários devem ficar atentos ao funcionamento no dia 24, quando o metrô fecha as portas às 20h. Já na noite da virada, o sistema opera até mais tarde para atender os usuários que vão à Esplanada comemorar o ano novo (veja quadro abaixo). E, como no ano passado, os passageiros com menos tempo para ir a shoppings ou comércios de rua encontram no metrô durante este mês, uma opção diferente para comprar os presentes: a Feira de Artesanato. Neste ano, eles estarão em oito estações. Mais de 100 artesões do Distrito Federal vendem bijuterias, objetos de decoração, caixas de presentes, roupas, produtos de cozinha e sapatos nas áreas de acesso ao embarque. A feira de artesanato é uma parceria do Metrô-DF com a Secretaria de Trabalho do DF. A iniciativa visa valorizar o artesanato regional e promover a geração de renda. Além da presença dos artesãos do DF, os usuários do metrô contarão com apresentações de corais de Natal e da Banda da PM. Horário do metrô em dezembro: Dias 12 e 13 (sábado e domingo) e 19 e 20 (sábado e domingo): o metrô funcionará das 7h às 23h30. Dia 24 (quinta): operação das 6h às 20h. Dia 25 (sexta): não haverá operação Dia 31 (quinta): o metrô vai funcionar das 6h às 3h do dia 1 de janeiro com o seguinte esquema especial: . Embarque e desembarque em todas as estações até às 23h30; Das 23h30 às 3h, embarque somente nas estações Central (Rodoviária) e Galeria. Dia 1 (sexta): não haverá operação Atividades confirmadas nas estações: De 7 a 13: Feira de Artesanato, com artesãos do DF. Na Estação Central- Das 8h30 às 19h De 14 a 22: Feira de Artesanato, com mais de 100 artesãos do DF. Nas Estações Central, Galeria, 114 Sul, Arniqueiras, Águas Claras, Praça do Relógio , Terminal Samambaia e Ceilândia Centro. Das 8h30 às 19h. Até dia 22 – Exposição Cultura Negra, na Estação Dia 19: Apresentação com a Banda da PM na Estação Feira, às 17h. Dias 11,17: Apresentação do Coral Canto Vivo na Estação Central, às 17h. Dia 19: Apresentação do Coral Canto Vivo na Estação Praça do Relógio, às 17h. Dia 22: Coral Melodia.



http://www.st.df.gov.br/

LINHA VERDE


GDF garante que obra continua sem percalços

Publicação: 18/12/2009 07:00
O governador José Roberto Arruda se reuniu ontem com representantes do consórcio responsável pela ampliação e a recuperação da EPTG - (Acácio Pinheiro/Divulgação  )
O governador José Roberto Arruda se reuniu ontem com representantes do consórcio responsável pela ampliação e a recuperação da EPTG
O andamento da obra da Linha Verde na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) não sofrerá alterações, garantiu o Governo do Distrito Federal (GDF). A previsão é de que a ampliação e a recuperação da pista estejam prontas em 30 de junho de 2010. Em reunião realizada ontem com representantes do consórcio responsável pela obra, o governador José Roberto Arruda conferiu o andamento dos trabalhos. Enquanto o trabalho avança, os motoristas deverão ficar atento às mudanças no trânsito. A partir de amanhã, o tráfego na via que liga Taguatinga ao Plano Piloto será desviado para a Marginal Sul. Já o acesso a Águas Claras e à faculdade Unieuro, que estava interditado, funcionará normalmente. 

O secretário de Transportes, Alberto Fraga, garantiu que a obra não será interrompida durante as festas de fim de ano e o feriado de Carnaval. “O trabalho está sendo realizado normalmente e as etapas estão sendo executadas dentro do prazo previsto”, garantiu Fraga. Segundo ele, grande parte do serviço está avançando dentro do tempo previsto. A escavação do Viaduto de Águas Claras começou a ser feita. E a pista exclusiva para ônibus, no canteiro central, está prestes a ser pavimentada. O trabalho de terraplanagem, no entanto, sofreu atrasos. A justificativa do GDF foi o grande volume de chuvas este ano, que impediu a compactação adequada do solo. 

A EPTG é uma das vias mais movimentadas do DF. A obra, orçada em R$ 240 milhões, abrange um trecho de 12,7 km entre a entrada de Taguatinga e a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). Ao fim de todo o investimento, o governo espera desafogar o trânsito de quase 140 mil veículos que passam na pista todos os dias. As obras da Linha Verde preveem a ampliação da via — uma faixa em cada sentido. Cinco novos viadutos facilitarão o acesso a Águas Claras, Guará, Setor de Indústria e Abastecimento, à pista do Jóquei e à EPIA. Pedestres contarão com 17 passarelas com estações para embarque e desembarque de passageiros. (JB) 


"O trabalho está sendo realizado normalmente e as etapas estão sendo executadas dentro do prazo previsto"
Alberto Fraga, secretário de Transportes

sábado, 17 de outubro de 2009

Rodoviária fica sem reforma


TRIBUNA DO BRASIL
15/10/2009
Ed Alves
O coração de Brasília está entregue às baratas
Emanuelle Coelho


Anunciada em janeiro, a tão esperada reforma geral da rodoviária do Plano Piloto foi adiada novamente. Em cumprimento à determinação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), a Secretaria de Transportes teve que suspender a licitação que prevê a reforma do local. A primeira etapa da concorrência pública - recebimento dos envelopes com habilitação e proposta da Concorrência 3/2009 - estava prevista para acontecer, ontem, mas foi cancelada.
O TCDF informou que após ser elaborado o edital foi feita uma análise técnica na qual foram observadas algumas questões que não seguem os ditames legais, como: o orçamento apresentado, que tem por data-base novembro de 2008;  manifestação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acerca do projeto; composição detalhada da bonificação de despesas indiretas utilizada no orçamento da licitação; e detalhamento dos custos dos serviços utilizados na elaboração do orçamento da licitação, inclusive dos salários dos profissionais envolvidos na execução dos serviços a serem contratados.
“São correções pequenas e fáceis de serem feitas”, declarou o TCDF, por meio da assessoria de imprensa. A Secretaria de Transportes informou que a Comissão de Licitação fará as alterações solicitadas pelo tribunal. Após aprovação do novo texto, a convocação do edital será republicada. O secretário de Transportes em exercício,Gualter Tavares, explicou que serão explicados ao TCDF todos os itens solicitados e que em relação ao parecer do Iphan a secretaria havia julgado ser desnecessário.
“A reforma não altera as características originais do projeto, mas como o tribunal solicitou o parecer, vamos atender”, especificou. A previsão é de que a licitação aconteça entre 30 a 40 dias. “Como brasiliense, acho que nossa rodoviária é uma parte crítica da cidade, é um local que merece reforma, para dar mais conforto ao usuário”, enfatizou Tavares.
As obras deveriam ter começado em abril deste ano e a previsão era de que durassem  cerca de 18 meses, ficando pronta até o final de 2010. Mas o projeto original teve que ser modificado porque não estavam incluídas as trocas das instalações elétricas nem hidráulicas. A mudança também fez o orçamento da obra quase dobrar: passou de R$ 18 milhões para R$ 26 milhões.
O projeto de reforma da rodoviária prevê nova fachada, novos boxes para os ônibus, mais espaço e conforto para os passageiros, além da troca dos pisos e reforma do teto, pintura, nova iluminação e sinalização,  e reforma dos banheiros. Mas, por enquanto, a grande reforma não deixou de ser projeto. O início das obras ainda não tem data definida e  a promessa da entrega para  21 de abril do ano que vem não poderá mais ser cumprida. A previsão da Secretaria de Transportes para o término da reforma é de junho ou julho do próximo ano.
Rede Globo – Bom Dia DF
15/10/2009
GDF adia reforma da Rodoviária do Plano Piloto mais uma vez
Agora, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) encontrou falhas no processo de licitação.
Quem vem de fora, não espera encontrar a rodoviária da capital federal nesse estado. “Sinceramente, foi um choque. Mas digo que não é preciso ir até Lisboa, pois em Goiânia tem melhor do que isso”, fala Paulo Corte Leal, um turista português.
Mesmo para quem mora na cidade, é difícil se acostumar. Buracos no teto, desgaste no piso, elevador e escada rolante quebrados. As instalações são bem antigas, os banheiros são mal cuidados e faltam baias para os ônibus. Os problemas da rodoviária são tão velhos quanto ela mesma.
“Está igual há 20 anos. Não alterou em nada. É a mesma bagunça”, reclama o auxiliar administrativo Max Altino. “Aqui precisa ser trocado quase tudo. Quando chove muito é uma calamidade”, sugere a auxiliar de enfermagem Maria do Céu. “Está muito apertada. É muita gente para pouco espaço”, acrescenta uma frequentadora.
No começo do ano, a Secretaria de Transportes apresentou um projeto para a reforma, que teria uma nova fachada, novos banheiros, mais boxes para ônibus, espaço e conforto para os 700 mil passageiros que passam pela rodoviária todos os dias. As obras deveriam ter começado em janeiro, mas o projeto original estava incompleto, sem previsão de troca de instalações elétricas e hidráulicas. O orçamento, que era de R$ 18 milhões, passou para R$ 30 milhões e agora fechou em R$ 25 milhões.
A reforma depende da licitação para a escolha de uma empresa que fará as obras. Mas o processo está parado, porque o Tribunal de Contas do DF (TCDF) encontrou falhas. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que cuida do tombamento da cidade, não foi ouvido no processo. Além disso, o orçamento está defasado, o que dificultaria a conclusão da reforma.
O governo informou que já está solucionando as pendências e que a licitação deve ser retomada no mês que vem. As obras começariam até janeiro de 2010, praticamente com um ano de atraso. E ainda não daria para cumprir a promessa de entregar no aniversário de 50 anos da cidade.
“Em função do cronograma de obras, de oito meses, que já é bastante apertado do ponto de vista da engenharia”, justifica o secretário interino de Transportes, Gualter Tavares.
“A gente fica esperando a reforma que vai ajudar o transporte, nossa locomoção, e ela nunca chega”, reclama a estudante Paula Cristine Souza.
Rita Yoshimine / João Raimundo / Márcio Muniz

sábado, 10 de outubro de 2009

Transporte de Vizinhança

Zebrinha circula pela cidade em decadência

Usuários do Serviço Especial de Vizinhança reclamam da situação dos ônibus: sujos, mal conservados e sempre lotados


Raphael Veleda - Correio Braziliense - 10/10/2009

 
Zebrinhas em frente ao ponto de ônibus da 504 Sul: empresas prometem trocar 33 veículos até o fim deste mês na tentativa de melhorar o serviço prestado aos usuários

Elas nasceram como sinônimo de sofisticação no transporte público na década de 1980. Simpáticos, confortáveis e práticos, os Zebrinhas, veículos do Sistema de Serviço Especial de Vizinhança, convidavam o brasiliense a deixar o carro em casa para circular pelo Plano Piloto, pagando uma passagem que era quase o dobro da cobrada pelo ônibus convencional. Hoje o glamour é coisa do passado. Mal conservados, sujos e lotados, os micro-ônibus de câmbio automático e sem cobrador perderam o charme. 

São 93 veículos em circulação pela capital. As empresas responsáveis pelo sistema, Lotaxi e Condor, ambas parte do grupo da Viplan, de Wagner Canhedo Filho, não informam quantos são novos, mas prometem trocar 33 até o fim de outubro. Enquanto isso, boa parte dos zebrinhas circulam “caindo aos pedaços”. 

A reclamação é de um pioneiro de Brasília: o dono de funerária Aldo da Costa Monteiro, 69 anos, que chegou em 1961, 20 anos antes da estreia dos zebrinhas(1) nas ruas da capital. “Era coisa chique. Hoje não, é apenas mais um instrumento para desrespeitar o idoso”, critica ele, que cobra do sistema o cumprimento do Estatuto do Idoso. “Eu reclamei via e-mail com a Secretaria de Transportes, mas eles responderam dizendo que esse é um serviço especial, executivo e que por isso pode ser exceção. Mas eu não vejo mais nenhuma diferença entre eles e os ônibus ou, principalmente, os micro-ônibus que circulam nas outras cidades”, argumenta. “Fazem os mesmos trajetos, andam lotados, com gente em pé e cobram a mesma tarifa. Onde está a diferença?”, questiona o homem, que faz diariamente o trajeto entre sua casa, na Asa Sul, e o trabalho — oito quadras à frente — pelo transporte público. 

Manutenção 
A implicância do padeiro Eduardo Anis Silveira, 40, é com o estado dos veículos antigos, alguns com mais de 10 anos de uso. “O problema é que não fazem a manutenção neles. Olha aqui: tudo pichado, tudo sujo. Já subiu até barata em mim em um desses”, comenta o passageiro da linha 16, que vai da 712 Norte até a Esplanada passando pelo Conjunto Nacional, na qual o Correio embarcou na manhã da última segunda-feira. Eram quase 11h e o ônibus encheu antes do meio da W3 Norte. Na altura do Brasília Shopping, era quase impossível o trânsito dos passageiros, visto que a porta da frente serve de entrada e saída. 

 
Volante remendado: motoristas criticam as condições de trabalho 

A maioria dos ocupantes só desce do veículo no ponto final — onde já há uma fila esperando. “Já houve o tempo em que as pessoas deixavam os ônibus passarem e esperavam os zebrinhas pelo conforto. Hoje é tudo a mesma coisa”, comenta a assessora jurídica Andrea Carlos Alvarenga, 50. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do DF informou, via assessoria de comunicação, que os veículos são lavados diariamente e passam por uma limpeza profunda nos fins de semana. 

Sem banheiro 
A tristeza com a decadência do serviço contagia os funcionários das empresas. Sem direito a terminais próprios, motoristas e fiscais não têm água para beber nem banheiro para usar na Asa Norte. Lá, o terminal improvisado fica no estacionamento de uma escola na Quadra 412. O fiscal usa uma mesa metálica, daquelas de bar, e os motoristas sentam em latas e pedras. “Uma vez fizemos uma barraquinha de lona, mas a administração mandou desmanchar no outro dia”, afirma o fiscal Josemar José Francisco. “Se chove, temos que correr para debaixo do bloco residencial, mas dia desses o síndico nos proibiu de ficar lá”, lamenta. Os pilotis são considerados áreas públicas, não cabendo aos porteiros, moradores ou síndicos o poder de decidir sobre o direito de ir e vir das pessoas. 

 
Lataria danificada: usuários reclamam da idade da frota em circulação 

Na Asa Sul, entre as quadras 216 e 416, os ônibus ficam parados nas vagas em frente ao Posto Comunitário de Segurança e existe um escritório improvisado na parada de ônibus. “Temos banheiro também aqui do lado, mas é um só. As mulheres, claro, são prejudicadas, ficam constrangidas. Eles têm que parar o ônibus em algum lugar, normalmente em postos de gasolina”, diz o fiscal Eduardo Ferrari. 

Mudanças no sistema, que podem melhorar o serviço para os usuários e as condições de trabalho dos motoristas, são estudadas pelo governo. Para o secretário de Transportes, Alberto Fraga, há um desvio na finalidade dos zebrinhas. “Vamos reformular totalmente o sistema. Queremos que os zebrinhas façam o trabalho que foi imaginado: o transporte de vizinhança”, adianta ele, que não dá prazos, mas já explica o que deve ser feito. “Elas vão parar de competir com os veículos maiores na W3. Vão andar pela W1, pelas quadras e entrequadras. Será um trajeto interno”, afirma. O secretário garante ainda que o serviço não será extinto. 

Microônibus lotado é cada vez mais comum: glamour é coisa do passado 

Uma possibilidade que assusta os admiradores dos zebrinhas. A aposentada Edinéia Bezerra, 72, adotou o transporte em 1981, quando ele foi lançado pelo governo de Aimé Lamaison. “Eu atendi ao chamado do governo. Troquei o carro pelo zebrinha e nunca me arrependi”, lembra ela, que abre mão da gratuidade(2) para andar nos micro-ônibus. “Com certeza o serviço piorou. Mas os motoristas ainda são atenciosos e o zebrinha entra nas quadras; faz coisas que os ônibus grandes não fazem”, comenta. “O que se tem que fazer é incentivar, para que melhore. Acabar, por favor, nunca”, pede. 


1- Pesquisa 
O nome zebrinha se deve às listras características da pintura dos micro-ônibus do Transporte de Vizinhança, pintadas em branco e vermelho — puxando para o laranja. O apelido carinhoso foi dado pela população de Brasília, por meio de uma pesquisa pública na época do lançamento do sistema. 


2- Idosos 
Em seu artigo 39, a Lei nº 10.741/03 garante a quem tem 65 anos ou mais o direito de andar de graça nos transportes públicos urbanos e semi-urbanos, “exceto nos serviços seletivos e especiais prestados paralelamente aos serviços regulares”. É nisso que as empresas e o governo se prendem para garantir a cobrança universal da tarifa no zebrinha. 




Para saber mais - início em 1981
O serviço dos Zebrinhas foi instituído em julho de 1980, pelo então secretário de Serviços Públicos, José Geraldo Maciel, atual chefe da Casa-Civil do GDF. O ex-governador Aimé Lamaison assinou o decreto possibilitando o início da operação no ano seguinte. Na época, a passagem de Zebrinha, lançada como um transporte executivo, custava 40 cruzeiros enquanto a tarifa da TCB era 25 cruzeiros. 
O serviço só é oferecido no Plano Piloto, Aeroporto, Sudoeste e Octogonal de segunda a sexta-feira. Hoje, a tarifa é similar à dos ônibus convencionais, mas quase sempre foi superior, dando ao sistema uma VIP. Atualmente, andar de zebrinha custa R$ 2.

sábado, 3 de outubro de 2009

Licitação em 2008

Vencedora da licitação dos 160 ônibus assina contrato

24/06/2008

Apenas uma das três cooperativas que venceram a licitação para operar os 160 ônibus convencionais que farão parte do Sistema de Transportes Público do DF, assinou, ontem (23/06), contrato de concessão do serviço com a Secretaria de Transportes. A Cooperativa de Transportes Alternativos do Recanto das Emas – Cootarde terá o prazo de 120 dias para apresentar o lote de 40 veículos, sendo 36 ônibus alongados e quatro ônibus alongados com acessibilidade universal, adquirido por R$ 8.5 milhões.

Por não terem efetuado o depósito do valor total da outorga da permissão nem terem comparecido para assinar o contrato, cujo prazo final encerrou na última quarta-feira (18/06), a Coopersit que adquiriu um lote por R$ 11.1 milhões e a Cooperativa Alternativa, que conseguiu dois lotes por R$ 9.9 milhões cada, foram excluídas da licitação e serão submetidas às penalidades previstas em lei, tais como: multa, advertência, suspensão do direito de licitar e contratar com o DF, e cassação da permissão.

A Secretaria de Transportes vai chamar as empresas que concorreram à licitação e não venceram para se manifestarem sobre o interesse nos três lotes restantes. Será convocada a primeira subseqüente à última vencedora e assim por diante. A empresa interessada terá de pagar o valor ofertado pelas Cooperativas por cada lote. Caso nenhuma se habilite, haverá nova licitação.

O secretário de Transportes, Alberto Fraga, lamentou o descumprimento das obrigações por parte das Cooperativas. “Este tempo perdido será irreparável. Aí está a razão pela qual devemos valorizar a pré-qualificação”, diz Fraga referindo-se a uma modalidade anterior à licitação na qual é feita a seleção apenas de empresas idôneas.

A concorrência foi do tipo maior oferta e foram licitados quatro lotes compostos de 40 veículos cada. Os recursos arrecadados, cerca de R$ 39.4 milhões, vão para o Fundo de Transportes e só podem ser utilizados para investimentos na área.

Esta licitação foi para substituição de parte da frota vencida do sistema que não foi entregue em 21 de abril de 2007. O acordo entre o GDF e as 11 empresas de transporte coletivo do DF previa a substituição de 500 veículos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

VLP

JORNAL DE BRASÍLIA

29/09/09

VLP a todo vapor

Agência andina acena com aprovação de verbas após ouvir técnicos do GDF

Lara Cristina

lara. crist ina@ jornaldebrasilia. com. br

Falta pouco para os usuários que dependem do transporte coletivo comemorarem, principalmente os moradores do Gama, Santa Maria e Entorno do DF. O Governo do Distrito Federal e o Metrô-DF retomaram as negociações com técnicos da Cooperação Andina de Fomento (CAF) para financiamento do projeto Corredor Eixo Sul, ou Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), no valor de U$ 243 milhões. A série de reuniões se estende até amanhã.

Conforme o presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, o primeiro dia de reunião teve um balanço positivo. "Apresentamos uma série de informações novas e respondemos a questionamentos da CAF de análises anteriores".

Gaspar informou que a liberação da verba será imediata quando o financiamento for aprovado. O custo total da obra será de cerca de R$ 600 milhões. R$ 27 milhões, o GDF já garantiu com empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O período de instalação do VLP está previsto para 18 meses. "Analisamos a possibilidade de iniciar as obras no começo de janeiro do ano que vem, mas como será período de chuvas, em março é que a implantação do projeto estará com força total", revelou Gaspar.

A série de reuniões conta com a participação de representantes do Tesouro, Secretarias de Transportes, Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma).

Nestes três dias serão expostos mais detalhes do projeto, como a con- cepção do novo corredor de transportes do DF e implicações ambientais. Ao final, um relatório será encaminhado à Secretaria do Tesouro Nacional para definição da capacidade de endividamento do Governo do Distrito Federal.

O VLP já passou pela licitação e contratação da empreiteira. Gaspar disse que faltam dois pontos específicos para iniciar o empreendimento: "A equalização do pacote financeiro para os equipamentos e a licença ambiental". Ele afirmou que a emissão da licença ambiental de instalação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) já está em vias de acontecer. "Encaminhamos toda a papelada necessária e dentro de um mês o documento será emitido", afirmou José Gaspar.

SAIBA +

O VLP terá tecnologia de monitoramento de tráfego similar ao VLT.

Funcionará com linhas expressas de ônibus, sem interrupções, estações de embarques e desembarques integradas ao metrô e ao VLT na estação do terminal da Asa Sul. Terá ramais no Gama, com 8,7 km de extensão, e em Santa Maria, com 5,3 km.

As faixas exclusivas serão criadas nos canteiros centrais, ao longo de quase 42 km de corredor do trecho – o Eixo Sul.O trecho se tornará único a partir de um ponto na BR-040, a 27,8 km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto.

Fora dos engarrafamentos

O Veículo Leve sobre Pneus prevê a ligação do Gama, Santa Maria e Entorno com o Plano Piloto por meio de um sistema com faixa exclusiva. As tarifas serão integradas, as viagens regulares, com horários fixos e a via será monitorada por câmeras, as linhas serão expressas e estações mais seguras. A linha, com 42 quilômetros pretende melhorar as condições de deslocamento do usuário.

Conforme José Gaspar, a construção do corredor exclusivo não causará impacto ambiental de grande proporção. "Isso porque será instalado em uma faixa que já existe, às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), sem necessidade de desmatamentos". Ele explicou que o corredor do VLP será semelhante à Linha Verde, construída às margens da EPTG.

Apesar de se tratar de um sistema operado por ônibus, a concepção do projeto busca padrão de operação do metrô, com os veículos similares aos utilizados pela companhia, de piso baixo e controlados por GPS. Cada veículo terá capacidade para 160 passageiros. Terá capacidade para transportar 20 mil passageiros por hora nos horários de pico, de manhã e fim da tarde.

VLP

CORREIO BRAZILIENSE

29/09/09

TRANSPORTE

Acordo garantirá recursos para o VLP

GIZELLA RODRIGUES

Técnicos da Comissão Andina de Fomento (CAF) desembarcaram em Brasília ontem para finalizar as negociações com o GDF para o financiamento do veículo leve sobre pneus (VLP), que vai ligar Santa Maria e Gama ao Plano Piloto. Cinco representantes da comissão estarão reunidos até amanhã com uma comitiva formada por funcionários de seis órgãos do governo para conhecer detalhes do projeto e fechar a liberação dos recursos, no valor de US$ 243 milhões (o equivalente a R$ 486 milhões). A expectativa é que a concessão do empréstimo seja aprovada pela direção da instituição até meados de novembro para que o dinheiro seja liberado até o fim do ano. Assim, as obras serão iniciadas no começo de 2010.

As discussões entre a CAF e o GDF estão adiantadas. Essa é a terceira e última missão que vem a Brasília para tratar do acordo. Durante três dias, o grupo vai conhecer detalhes da concepção do novo corredor de transportes do Distrito Federal, discutir as implicações ambientais do projeto e conversar sobre a capacidade de endividamento do Metrô-DF e do GDF. “A recepção deles ao projeto foi muito boa, o que não foi surpresa porque eles demonstraram interesse nas outras reuniões”, contou o presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza.

Licitação feita

Assim que a CAF liberar o dinheiro, as obras poderão ser iniciadas, pois já estão licitadas. Até o fim do ano, o governo pretende obter a licença de instalação do Instituto Brasília Ambiental. O valor total do projeto está estimado em R$ 587 milhões, incluindo os veículos — a diferença de R$ 100 milhões deverá ser dada como contrapartida do GDF ou então financiada por instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O VLP vai rodar em um percurso total de 42km da entrada do Gama e de Santa Maria até o Plano Piloto, em corredores exclusivos. O sistema terá ramais partindo das duas cidades e se tornará único a partir de um ponto na BR-040, a 27,8km de dois pontos finais de desembarque no Plano Piloto (Terminal Asa Sul e Rodoviária do Plano Piloto). Os veículos usados são ônibus que vão circular de forma parecida com o metrô. Eles serão equipados com sistema GPS e monitorados por uma central. Cada veículo tem capacidade para 160 passageiros e a estimativa é que o VLP transporte 20 mil passageiros por hora nos horários de pico.

VLP

Tribuna do Brasil

29/09/09

Financiamento sai amanhã

Ed Alves Ampliar imagem

US$ 243 milhões são pleiteados junto à Cooperação Andina de Fomento

Gisele Diniz

Começou a última rodada de negociações para a liberação de verba para o Veículo Leve Sobre Pneus (VLP). Desta vez, são pleiteados US$ 243 milhões junto à Cooperação Andina de Fomento (CAF). A reunião teve início na manhã de ontem com a participação de seis representantes da instituição, além do corpo técnico do Tesouro Nacional e das secretarias de Transportes, Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma). O resultado deve sair amanhã.

Durante os três dias de encontro serão avaliados assuntos como a construção do novo corredor de transportes do Distrito Federal, questões ambientais, bem como informações sobre a capacidade de endividamento do Metrô e do governo do DF. Até junho, o limite de endividamento do GDF era de R$ 1,6 bilhão. No meio do ano, o valor passou para R$ 2,5 bilhões.

Só para o Veículo Leve sobre Trilhos, o GDF conseguiu empréstimo de US$ 130 milhões (aproximadamente R$ 260 milhões) com o Banco Mundial (Bird) para a América Latina. Para o projeto do Corredor Eixo Sul (VLP) já estão garantidos R$ 27 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um investimento do próprio governo da ordem de R$ 10 milhões. O acordo com a CAF viria para completar a quantia total necessária para o empreendimento, de cerca de R$ 600 milhões.

O projeto Eixo Sul prevê a ligação do Gama, Santa Maria e Entorno ao Plano Piloto. O trajeto terá 42 quilômetros de extensão e contará com faixa exclusiva para ônibus no canteiro central da BR-040 até o Park Way. O tráfego será monitorado por câmeras e fará parte do programa Brasília Integrada.

Os ônibus terão capacidade para até 160 passageiros, piso baixo e sistema GPS. Em horário de pico, o transporte sobre pneus poderá carregar até 20 mil pessoas. A estimativa da Secretaria de Transportes é de que a obra beneficie cerca de 500 mil passageiros. Segundo o secretário de Transportes, Alberto Fraga, a reunião faz parte da etapa final para selar o acordo ente GDF e CAF. "Há uns quatro meses, assinamos a carta consulta. Com a parceria, ficará faltando apenas enviarmos os estudos para a aprovação do Tesouro Nacional", explicou. Também falta a licença de instalação. As obras começarão logo após a liberação do documento. O projeto deve ser concluído em quatro anos.