segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entorno

DIÁRIO DA MANHÂ

29/08/09

Marconi e Arruda discutem transporte no Entorno do DF

Assunto está na pauta da Comissão de Infraestrutura do Senado, presidida pelo tucano. Governador vai participar. Tema interessa a 3 milhões de usuários

Senador Marconi Perillo (PSDB) e governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM): parceria. Em um encontro de quase uma hora, o senador Marconi Perillo (PSDB) e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), discutiram a questão do transporte coletivo dos municípios de Goiás no Entorno do Distrito Federal. Arruda é um dos convidados para a audiência pública, proposta pelo senador Marconi, que vai debater o assunto na Comissão de Infraestrutura do Senado, com data prevista para o início de outubro. Além do governador do DF, foram convidados para o debate o governador de Goiás, Alcides Rodrigues; o presidente da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), Bernardo Figueiredo; e líderes comunitários.

Cerca de três milhões de pessoas utilizam os transportes semiurbanos mensalmente na região do Distrito Federal. De acordo com a ANTT, o Entorno conta hoje com 1.303 ônibus de oito empresas diferentes. Desses, 1.084 são para transporte semiurbano, que circulam em 23 cidades, povoados e vilarejos da região. A idade média dos ônibus é de 10 anos, tanto para o semiurbano quanto para o convencional.

Além do alto preço das tarifas, que chegam a R$ 4,25, e da falta de segurança e de conforto dos ônibus, as principais reclamações dos passageiros registradas na ANTT têm relação com a quebra de veículos e o tempo de espera nas paradas.

Durante o encontro com Marconi, quinta-feira, no Centro Administrativo do Governo do DF, o governador Arruda chamou o secretário de Transportes, Alberto Fraga, e pediu para que na reunião no Senado sejam apresentadas medidas para resolver o problema do transporte coletivo no Entorno.

sábado, 29 de agosto de 2009

Entorno

TRANSPORTE SEMIURBANO »
Tensão aumenta em Planaltina de GoiásDois acidentes ocorridos nos últimos dias podem estar relacionados à disputa por passageiros

Leilane Menezes

Publicação: 28/08/2009 08:34 Atualização: 28/08/2009 08:55


Usuários do transporte público de Planaltina de Goiás estão com medo de andar de ônibus. O problema vai além da frota sucateada e do alto preço das passagens, cujo valor chega a 4,25 (ler Memória). Dois episódios que ocorreram nos últimos dias deixaram a população receosa. Por volta das 18h30 de quarta-feira, um coletivo se dirigia para o terminal na divisa entre Distrito Federal e Planaltina de Goiás, na DF-128, quando um GM Marajó, placa JEQ 4951 – Águas Lindas (GO), começou a seguir o veículo, que estava vazio, e bateu na traseira. O outro caso envolveu uma colisão entre uma van pirata e um coletivo da Rápido Planaltina. Há suspeitas de que os incidentes sejam motivados pela disputa por passageiros.

Marajó pegou fogo depois de bater em ônibus. Polícia investiga se o episódio foi de propósito ou acidental - (Rafael Ohana/CB/D.A Press)
Marajó pegou fogo depois de bater em ônibus. Polícia investiga se o episódio foi de propósito ou acidental
O motorista da Marajó, Carlos Roberto Rodrigues de Souza, 32 anos, bateu duas vezes no parachoque traseiro do ônibus, segundo testemunhas. Em seguida, o homem teria ateado fogo no interior do veículo. Quem passava pelo local contou à polícia que, aparentemente, Carlos tentava encaixar o carro embaixo do coletivo para que o fogo se espalhasse.

O carro não tinha os bancos traseiros nem vidros. Carlos carregava duas garrafas pet cheias de gasolina no porta-malas. Mais de 200 pessoas estavam no local. Um grupo de passageiros revoltados tentou linchá-lo, mas ele foi salvo pela Polícia Militar. Carlos se defende. “A gasolina era para abastecer. Bati no ônibus quando olhei para trás para ver o que estava acontecendo”, alega o homem, que é motorista de ônibus da Viação Santo Antônio e mora em Águas Lindas (GO). O veículo está em nome de Joveci Dias Pereira. Mas Carlos diz não saber onde encontrá-lo e nem forneceu o telefone do proprietário. Ninguém se feriu no incidente.

Investigação
O Centro Integrado de Operações de Segurança de Planaltina de Goiás (Ciops) investiga se houve acidente ou crime. Quatro munições calibre .380 foram encontradas com Carlos. Ele deve ficar preso até o fim da investigação. O suspeito trabalha na empresa do Grupo Amaral, desde 2003.

O prefeito de Planaltina, José Olinto Neto, suspeita que o acidente com o carro em chamas tenha sido uma represália do Grupo Amaral ao novo transporte. “O que ocorreu pode ser chamado de atentado terrorista. A Rápido Planaltina resolveu partir para a violência”, acusa. A empresa, que antes tinha o monopólio da atividade, tem oito ações na Justiça contra a prefeitura. O prejuízo é de 3,2 mil passageiros a menos transportados todos os dias pelo grupo. São R$ 13.600 perdidos todos os dias na Rápido Planaltina.

Às 5h de ontem, outro incidente iniciou uma confusão entre motoristas da Rápido Planaltina e de vans piratas. O condutor de um ônibus tentou “tirar um fino” do outro carro. Mas não calculou a distância e quebrou o farol do veículo. Indignado, o coordenador do transporte alternativo em Planaltina, Carlos Lafaiete, e outras pessoas que estavam na van pararam o ônibus e discutiram com o motorista. “Ficou óbvio que ele bateu de propósito. Foi provocação”, disse Lafaiete.

O gerente operacional do Grupo Amaral, Sebastião Rodrigues, nega a responsabilidade da empresa sobre os dois episódios. “Não temos nada a ver com isso. Daqui a pouco, vão atribuir responsabilidade ao grupo por todos os acidentes que ocorrerem em Planaltina”, ressaltou. O Sindicato dos Rodoviários do Entorno, por sua vez, confirmou que os ânimos (1) andam exaltados entre motoristas do transporte legal e os do irregular. Muitos estão sob ameaça de demissão, segundo Rodrigues, que pode ocorrer por conta da pirataria.

1 - Raiz do problema
O clima em Planaltina (GO) está tenso desde o último dia 3, quando passou a circular uma linha da São José, que faz o trajeto entre Goiás e DF por R$ 3, menos do que o valor cobrado por outras empresas. Depois da fronteira, veículos cedidos por empresários e moradores atendem à demanda.

PARA SABER MAIS
Protestos e greve

O aumento no preço da passagem de ônibus no Entorno motivou manifestações de revolta na população local. O bilhete custava R$ 3,95 e subiu para R$ 4,25, em algumas regiões. Em Águas Lindas, o povo foi às ruas e incendiou cinco ônibus da empresa Taguatur. Os cobradores e motoristas do Entorno também cruzaram os braços.

Em Planaltina (GO), o prefeito, José Olinto Neto, fez greve de fome durante dias. Com o ato, ele conseguiu sensibilizar o GDF, que autorizou uma linha do Plano Piloto a levar os passageiros até a fronteira de Goiás por R$ 3. Os veículos que fazem o transporte do Entorno para o DF são semiurbanos, ou seja, ultrapassam a fronteira de dois estados. Por isso, são regulados pela Agência Nacional de Transportes Terrestre.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fiscalização

TRIBUNA DO BRASIL

28/08/09

Companhia sepultada

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou ontem que desistiu de criar a Companhia Metropolitana de Trânsito (CMT). O órgão tomaria a função de fiscalização, atualmente exercida pelo Detran-DF. De acordo com Arruda, o Departamento de Trânsito do DF voltou a responder às expectativas.

Câmeras

CORREIO BRAZILIENSE

28/08/09

Câmeras de monitoramento em ônibus serão instaladas a partir de setembro

Com o objetivo de diminuir o número de assaltos a coletivos no DF, vão ser instaladas, a partir de setembro, câmeras de monitoramento nos ônibus e micro-ônibus. Nesta quinta-feira (27/8), o Diário Oficial do Distrito Federal publicou o consórcio formado pelas empresas que venceram a licitação com o lance ganhador de R$ 8,8 milhões. As empresas são a Intercom Importação e Exportação Assessoria e Consultoria em Sistemas de Segurança, Sync Materiais e Serviços e Transoft Tecnologia da Informação.

Serão instaladas 285 câmeras por mês, finalizando o serviço em cerca de 10 meses. O consórcio fornecerá a instalação de 2.850 kits com duas câmeras cada e uma unidade de gravação de vídeo digital. Também deve ser instalado nos computadores da DFTrans um programa de reprodução de imagens.

O propósito é instalar as câmeras em todos os veículos do Sistema de Transporte Público do DF. No entanto, as cidades com maiores índices de assaltos a ônibus - Ceilândia, Samambaia, Itapoã e Santa Maria- terão prioridade.

Linhas Piratas

RÁDIOCLIPPING

FRAGA DEFENDE MAIOR PUNIÇÃO CONTRA LINHAS FANTASMAS

Empresas de ônibus do DF criam linhas fantasmas e rodam em itinerários de outras. Reportagem do Correio Braziliense aponta que a Viplan tem pelo menos 15 linhas criadas por conta própria. 22 linhas fantasmas foram descobertas este ano. Secretário de Transportes, Alberto Fraga, defende punição mais severa para infratores. “Determinei que vai aumentar o período de permanência no pátio do DFTrans. O mais grave disso é o desrespeito ao sistema”, afirma.

Emissora: Band News (SP)

Programa: BANDNEWS NOTÍCIAS DF

Horário: 14:12

Data: 27/08/2009

Licitação

CORREIO BRAZILIENSE

28/08/09

Devedores fora da licitação

Permissionárias com multas pendentes não poderão participar de concorrência do sistema em 2010. GDF faz cerco à pirataria

A denúncia feita ontem pelo Correio e o arrocho na fiscalização não impediram que ônibus do sistema público de transportes continuassem a operar linhas piratas nas vias do Distrito Federal. Só ontem, 22 veículos das viações Planeta e Viplan foram autuadosem Santa Maria. Cada um recebeu uma multa de R$ 1.080, que foi para uma conta que as empresas historicamente não pagam já devem R$ 23 milhões ao Estado. Mas ogoverno local as colocou na dívida ativa e pretende tomar uma atitude drástica no ano que vem. Vamos licitar todo o sistema e, estando na dívida ativa, as empresas não podem participar de uma concorrência pública, decreta o secretario licenciado de Transportes, deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF). E não faremos isso porque somos malvados. Uma Lei Federal nos obriga a fazer a licitação. Até já começamos a cumprir ao licitar as linhas de micro-ônibus ano passado, completa ele, que deve reassumir o posto na próxima semana.

Na edição de ontem, o Correio mostrou ônibus que enganam os passageiros e o governoinventando linhas fantasmas ou atuando no itinerário das concorrentes, sem a permissão da Secretaria de Transportes. Desde o início do ano, o Transporte Público do DF (DFTrans) autuou mais de mil coletivos fazendo o transporte pirata, ou seja, circulando sem autorização formal. Mas é o clássico caso de enxugar gelo. Porque eles não pagam a multa. Já o carro lacrado fica dois dias no pátio do DFTrans e temos que liberar, lamenta Fraga, que já cobrou os empresários para que não cometessem o crime de que tanto reclamam, a pirataria.

Em um dado momento, as empresas até decidiram se unir e acabar com essa prática. Mas, como sempre, a Viplan não concordou. Com isso, as outras voltaram. Eu soube que hoje (ontem) mesmo pegamos mais ônibus da Planeta do que da Viplan, completa, antes de anunciar uma novidade: Já determinei que a multa cobrada por esse crime deixe de ser de R$ 1.080 e passe a ser de R$ 2 mil a R$ 5 mil, como acontece com carros de passeio que praticam a pirataria, explicou.

Santa Maria

As autuações de ontem ocorreram em Santa Maria, onde o Correio flagrou, entre terça e quarta-feira, dezenas de coletivos a maioria da Viplan rodando em linhas que não constam na tabela do DFTrans. Apertamos lá porque a cidade se tornou um gargalo desse problema. Pegamos 10 da Viplan, a maioria fazendo linhas fantasmas e 12 da Planeta, informa o gerente de fiscalização do DFTrans, Pedro Jorge Brasil. Os da Planeta, o maior problema foi a adulteração das linhas. A 252.2, por exemplo, é prevista para a W3, mas o ônibus está indo direto para a Rodoviária do Plano Piloto, prejudicando o usuário, completa.

As empresas preferem questionar a cobrança das multas na Justiça e acabam não sendo efetivamente punidas. Mas, ao contrário dos governos anteriores, resolvemos tomar uma atitude. Estão todas na dívida ativa, comenta Alberto Fraga. No entanto, não estamos satisfeitos. Eles precisam pagar o que devem e nosso departamento jurídico está estudando formas de isso acontecer, promete. A licitação do sistema, no que depender de mim, será, sim, feita ano que vem, acrescenta.

Para Fraga, a população é a maior prejudicada pela pirataria oficial. Deixa o passageiro sem saber no que acreditar. No site do DFTrans tem uma tabela de linhas e horários, mas a pessoa vê isso lá e não vê na rua. Acaba perdendo horário, pegando ônibus errado. Vira uma bagunça, afirma. Além disso, afeta o equilíbrio financeiro e o planejamento do sistema, acrescenta Pedro Brasil. Ficamos sem saber direito onde precisa mais ou menos ônibus e linhas. Ficamos sem saber quanto as empresas ganham na linhas. É um crime, resume.

A Viplan novamente não se manifestou sobre as denúncias. Já a Viação Planeta informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que desconhecia as autuações realizadas na manhã de ontem. O Grupo Amaral, dono da Viva Brasília, questionou a informação do DFTrans de que foi flagrada em uma linha fantasma este ano. Das 22 linhas fantasmas pegas este ano, 15 são da Viplan.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Linhas Pirata

TRANSPORTE »Até empresas de ônibus fazem pirataria no DFPermissionários põem veículos clandestinos para circular em regiões carentes de transporte, criam linhas fantasmas ou rodam em itinerários de outras empresas sem a permissão do governo local

Raphael Veleda

Publicação: 27/08/2009 08:26 Atualização: 27/08/2009 10:45


As empresas de transporte urbano do Distrito Federal tentam convencer o governo, desde o ano passado, de que um reajuste nas tarifas é necessário porque o faturamento do sistema tem sido afetado pelo aumento das despesas e por fatores externos, como a pirataria. A irregularidade vem sendo combatida pelos fiscais, mas o principal inimigo é surpreendente: as próprias concessionárias do transporte público. Apenas este ano, 988 ônibus foram lacrados e multados em R$ 1.080 por estarem rodando em linhas inventadas ou que pertencem a outra empresa. A Viplan é a campeã de fraudes, tendo rodado em, pelo menos, 15 linhas criadas por conta própria. Outras cinco empresas, porém, são citadas em um relatório do Transporte Público do Distrito Federal (DFTrans).

As deficiências no sistema de transporte público estão intimamente ligadas ao surgimento de fenômenos como a pirataria. Quem depende dos ônibus coletivos para se deslocar sabe: a todo momento, carros de passeio estacionam nas paradas anunciando itinerários operados pelo transporte oficial — até a tarifas menores do que as de tabela. O governo sempre apela à população para que essa prática seja evitada, por ser ilegal e perigosa. A maioria dos usuários atende ao pedido, mas todos estão à mercê da pirataria feita pelos veículos oficiais. A má-fé dos empresários, que chegam a desativar itinerários não lucrativos, pode estar ligada à falta de uma punição efetiva. As multas aplicadas pela pirataria não são pagas pelas empresas, que questionam a cobrança na Justiça. O valor de todas as multas emitidas contra as concessionárias ultrapassa R$ 20 milhões.

Quem perde é o usuário. Gente como o analista de documentos Marcos Aurélio Mendonça, 26 anos, morador de Santa Maria. Empregado em uma empresa do Plano Piloto, ele chega cedo na parada de ônibus na Avenida dos Alagados. Às vezes, se atrasa para o trabalho. “Direto pego o ônibus da Viplan aqui (na parada) ou no terminal e, quando chega perto da administração regional, a fiscalização para, lacra o ônibus e todo mundo tem que pegar outro. Nunca explicaram o porquê”, relata.

Inexistente
Na maioria das vezes, porém, a linha sequer existe. Na tarde de terça e na manhã de ontem, o Correio passou algumas horas nas paradas de Santa Maria. O ônibus da linha 252.5, da Viplan, rumo à W3 Sul, que trafega pelo ParkShopping e pelo Setor de Indústrias Gráficas (SIG), é um dos que mais passa. Há ainda as linhas 252.6 e 252.2, que vão para a Rodoviária do Plano Piloto. Os veículos viajam cheios de gente que pagou passagem para linhas que não existem, de acordo com o DFTrans. “Esse é um dos maiores problemas que temos no sistema de transporte, além dos atrasos”, informa o gerente de fiscalização do órgão, Pedro Jorge Brasil.

A 252.6, também da Viplan, também circula sem permissão do GDF - (Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press)
A 252.6, também da Viplan, também circula sem permissão do GDF
O DFTrans mantém 22 fiscais nas ruas para coibir a prática. Da primeira vez que a empresa é flagrada rodando com passageiros sem ordem de serviço(1), recebe uma Notificação de Irregularidade. Do início do ano até agora, só em Santa Maria, foram lavrados 1.236 documentos desse tipo. “O que mostra a falta de respeito que os empresários têm pelo sistema e pelos passageiros”, aponta Pedro Brasil.

Em caso de reincidência, o veículo é lacrado e levado ao depósito do Detran. “Conseguimos manter o veículo lacrado por dois, três dias, depois a empresa o resgata. As multas não são pagas porque os empresários as questionam na Justiça. É como enxugar gelo”, lamenta o gerente de fiscalização do DFTrans. “Mesmo assim,vamos continuar apertando a fiscalização”, completa.

O DFTrans aponta a descoberta de 22 linhas fantasmas desde o início do ano. A Viplan foi responsabilizada por 15 delas. A Condor, que pertence ao mesmo grupo, foi flagrada com veículos em duas linhas inexistentes, assim como a Viação Planeta. Viva Brasília, Riacho Grande e Pioneira teriam criado uma linha cada.

Atualmente, existe um Código Unificado de Transporte que prevê punição para práticas como essa. “Uma comissão do DFTrans está estudando códigos de outras cidades para melhorar o sistema de punições”, informa Pedro Brasil. Quando pronto o estudo, um projeto deverá ser enviado à Câmara Legislativa para apreciação dos distritais.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entorno

CORREIO BRAZILIENSE

25/08/09

Mau estado dos ônibus compromete qualidade de vida dos usuários

Por volta de 600 mil moradores do Entorno deslocam-se diariamente para o Distrito Federal, como mostrou o Correio em reportagem sobre a precariedade do transporte semiurbano, publicada na edição de ontem. Desse total, uma parcela significativa é de estudantes. Não é possível precisar o número, porque o passe estudantil (leia O que diz a lei) ainda não está sendo concedido a pessoas em idade escolar usuárias do transporte interestadual que percorre até 75km entre um estado e outro. Os alunos pagam a passagem inteira e o preço do bilhete pesa ainda mais no bolso dos pais.

A ausência do benefício dificulta a vida dos habitantes do Entorno. Mostra que as queixas dos passageiros vão além das reclamações sobre a má condição de conservação dos ônbibus, superlotação — até 120 passageiros viajam onde cabem 87 pessoas — e falta de concorrência entre as empresas. A ausência do passe estudantil pode criar barreiras ao acesso à educação. Não há câmpus de faculdades estaduais e federais nas cidades vizinhas ao DF. Os que pretendem ingressar no ensino superior gratuito precisam vir a Brasília, mais próxima desses municípios que Goiânia. Quem precisa dos coletivos para ir à escola sofre com a falta de apoio do governo.

É o caso de Flora Campos Barros, 17 anos, moradora de Valparaíso e aluna do curso de geografia da Universidade de Brasília (UnB). Ela procurou as empresas responsáveis pelos ônibus semiurbanos diversas vezes, na tentativa de conseguir o desconto na passagem. “Sempre levei um não como resposta. Os funcionários desses estabelecimentos só dizem que por lei não são obrigados a conceder a ajuda de custo”, afirma Flora.

Os pais da estudante arcam com as despesas da filha no transporte. O bilhete custa R$ 2,95 de Valparaíso à Rodoviária do Plano Piloto. São quase R$ 300 por mês, somadas ida e volta. “O preço é alto e os ônibus são muito velhos. Quebram sempre e atrasam a vida de quem precisa deles”, lamenta a jovem. “O orçamento familiar fica com um buraco, porque não tenho passe estudantil. Eu poderia enriquecer minha formação profissional, mas não sobra dinheiro”, queixa-se Flora.

Quem não tem dinheiro para pagar a passagem geralmente tem de se contentar com a única opção de ensino oferecida pelas escolas de municípios do Entorno. “Os colégios públicos de Luziânia são muito fracos. O meu fica no meio do mato. Os melhores professores não querem dar aula lá. Se eu pudesse, estudaria no Plano Piloto, mas, sem o passe estudantil, fica impossível”, relata Samara da Conceição Santos, 17 anos, moradora de Luziânia e aluna do 3º ano do ensino médio.

Daniela Albino da Silva, 16 anos, colega de sala de Samara, sonha em estudar na UnB. Ela ainda não escolheu o curso, mas vai prestar vestibular no fim do ano. “Meu esforço em estudar para a prova pode ser em vão. Tenho medo de passar e não conseguir chegar até Brasília. Sem o passe não dá”, afirma Daniela.

Uma esperança para pessoas como Daniela e Samara é sinalizada pelo Projeto de Lei 829/2007, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO), em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposição sugere o desconto de 50% nas passagens para estudantes de ensino fundamental, médio e superior, no transporte coletivo rodoviário que interliga municípios vizinhos de estados diferentes. O texto, no entanto, ainda não tem previsão de ser votado.

O que diz a lei

O transporte urbano é regulado pelos municípios. No DF, a Lei nº 2.370 de 1999 prevê a concessão de desconto para estudantes que circulam na área urbana. Já o passe livre federal serve para o desconto no valor de passagens em ônibus semiurbanos, uma vez que a linha liga duas cidades de estados diferentes.
O desconto é previsto na Lei nº 8.899/94 e no Decreto nº 3.691/00, que concedem a gratuidade às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte interestadual. A lei não estabelece obrigatoriedade de conceder descontos nem gratuidade aos estudantes.

Comentários do internauta

Pede pro dono da Anapolina pegar o Céu Azul /Esplanada pra ver como é, ou então um W3 Sul/Norte do Novo Gama… Até quando isso?
(Lilian Becker)

Cadê a ANTT, que sempre diz que está estudando o caso? Quem se beneficia com tanto sofrimento causado ao povo em detrimento dos altos lucros?
(Paulo Chagas)

Enfrento todos os dias situações do tipo ônibus cheio ou quebrado no meio do caminho. Os ônibus do Entorno Sul são alguns dos mais velhos que existem.
(Juliano Queiroz)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Planeta

FRAGA diz que empresa tenta pressionar GDF
(18/08/2009 - 11:01)

RÁDIOCLIPPING

FRAGA DIZ QUE EMPRESA TENTA PRESSIONAR GDF

Rodoviários da Planeta protestaram em Santa Maria contra possíveis demissões após o GDF ter retirado linha de ônibus da empresa. O secretário Alberto Fraga acusa donos da companhia de usarem o caso para pressionar o GDF e frisa: “não são (os empresários) donos das linhas, é o governo que vai distribuir linhas de acordo com a análise do sistema”.

Emissora: CBN (RJ/SP)

Programa: CBN BRASÍLIA - ESTEVÃO DAMÁZIO

Horário: 09:59

Data: 17/08/2009

PROTESTO PREJUDICOU MORADORES DE SANTA MARIA

O protesto dos cobradores e motoristas da Viação Planeta impediu cerca de 250 ônibus de saírem dos terminais, o que prejudicou os moradores. O motivo da manifestação foi a substituição de 17 veículos da empresa por coletivos da Cootarde, na linha 261. EM RESPOSTA DO PROGRAMA, o secretário Alberto Fraga critica: “quando você promove uma mudança para beneficiar população, vem o empresário e dá ordem para seus rodoviários quebrarem ônibus, agredir as pessoas. Estou surpreso, porque atitudes como essas nem no tempo das vans aconteciam”.

Emissora: Band News (SP)

Programa: BANDNEWS NOTÍCIAS

Horário: 14:35

Data: 17/08/2009

TV BRASÍLIA - NOTíCIA LOCAL

17:00 - 17/08/2009

COOTARDE ASSUME LINHA DE SANTA MARIA

O governador José Roberto Arruda é categórico. A Viação Planeta deixa de fazer a linha de Santa Maria e quem assume é Cootarde. Pela manhã houve confusão.
Neste momento, o secretário de TRANSPORTES, Alberto Fraga, está reunido com a direção das empresas.

Âncora: Patrícia Stormi.

BANDEIRANTES - BAND CIDADE 1ª

13:20 - 17/08/2009

SANTA MARIA: PARALISAÇÃO DE RODOVIÁRIOS

Manhã de muita confusão no terminal de passageiros de Santa Maria. A população amanheceu sem ônibus. A manifestação dos rodoviários da Planeta e da Viplan foi contra a entrada de uma nova empresa de ônibus na região.
* Alberto Fraga, secretário de Transportes do DF.

Âncora: Rinaldo Oliveira e Cláudia Toledo

OUTRAS MATÉRIAS

JORNAL COLETIVO

18/08/09

Santa Maria fica sem transporte pela manhã

Rodoviários da Viação Planeta cruzaram os braços e bloquearam a saída do terminal da cidade para impedir que os ônibus da Viplan circulassem

A população de Santa Maria iniciou a semana sem transporte público. Os motoristas e cobradores de ônibus da Viação Planeta cruzaram os braços e ainda bloquearam a saída do terminal da cidade para impedir que os ônibus da Viplan circulassem. De acordo com os rodoviários, a manifestação é motivada pela perda da concessão de uma linha, que foi repassada para a cooperativa Cootarde.

De acordo com a Polícia Militar, a ação teve início por volta das 5h, horário em que os ônibus começam a sair do terminal. Uma viatura da Rotam compareceu ao local para conter os manifestantes e chegou a agredir alguns cobradores e motoristas, que foram algemados e levados para a delegacia.

O cobrador Luciano da Silva de Sousa conta que foi agredido com cassetetes por quatro policiais. “Apanhei de graça, pois em nenhum momento reagi a ação da polícia”, alegou. Segundo o delegado da 33ª Delegacia de Polícia, Watson Warmling, os policiais justificaram a agressão por causa da ação de vandalismo dos rodoviários, que depredaram vários ônibus. “A manifestação é aceitável até o momento em que não há violência ou vandalismo”, diz o delegado.

Os funcionários da Planeta temem que a perda da linha 217 (Santa Maria/Esplanada/Rodoviária) gere o desemprego. De acordo com os rodoviários, a linha é operada pela Planeta há 17 anos. “Muitos pais de família vão perder o emprego. Por isso nos unimos para tentar reverter essa injustiça”, diz Sebastião de Deus, cobrador da empresa.

Por volta das 11h, os ônibus da Viplan começaram a ser liberados aos poucos. Já os veículos da Planeta não haviam começado a rodar até o fechamento desta edição. Os manifestantes estacionaram os ônibus em vários pontos da cidade para tentar coibir a ação de ônibus piratas.

JORNAL COLETIVO

18/08/09

Arruda entrega 250 passes livres a idosos

Benefício permite que pessoas acima de 60 anos viajem pelo País sem pagar passagem de ônibus, trem ou navio

O espaço do idoso no Distrito Federal é ampliado diariamente. Hoje, está prevista mais uma missão do Governo do Distrito Federal (GDF). O governador José Roberto Arruda (DEM) e a Secretaria de Assistência Social (Sedest) vão entregar 250 carteirinhas de Passe Livre aos Idosos, no restaurante Comunitário da Vila Estrutural. Em junho deste ano, o GDF havia entregue mais 340 cartões que permitem que os idosos viajem pelo Brasil sem pagar pela passagem de ônibus, trem ou navio.

No Distrito Federal já são mais de três mil idosos que possuem a carteira. O documento foi entregue às pessoas com 60 anos ou mais, com renda menor que dois salários mínimos e que estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Quem se encaixa no perfil e ainda não possui a carteira pode solicitar o documento no Centro de Referências e Assistência Social (Cras) de sua cidade.

De acordo com o Estatuto do Idoso, a gratuidade abrange duas vagas por veículo. Caso esses assentos já estejam ocupados, o idoso tem direito a desconto de 50% no valor da passagem. Ainda hoje, no início da noite, na Vila Estrutural, o governador Arruda vai inaugurar um trecho de iluminação pública, na entrada principal, próximo ao viaduto.

CORREIO BRAZILIENSE

18/08/09

Protesto de rodoviários

Motoristas e cobradores da Planeta deixaram de circular em Santa Maria porque uma das linhas foi repassada para uma cooperativa

Os moradores de Santa Maria que dependem de ônibus sofreram durante todo o dia de ontem. Isso porque os rodoviários da Viação Planeta paralisaram as atividades entre 6h e 11h30. Alguns passageiros não conseguiram embarcar em direção ao Plano Piloto. E, no fim da tarde, o mesmo problema ocorreu na volta para casa. O motivo da revolta foi a concessão de uso de uma linha operada há mais de 16 anos pela empresa à cooperativa Cootarde.

A linha expressa 261 (Santa Maria-Rodoviária do Plano Piloto) é uma das mais lucrativas do Distrito Federal. Dos quase 500 funcionários empregados pela Planeta na cidade, 72 trabalham apenas nesta linha. Por conta disso, rodoviários da Planeta impediram os ônibus das duas empresas de circular. De acordo com Luis Carlos Pereira dos Santos, 43 anos, motorista da Planeta há 18 anos, a movimentação começou por conta do medo dos motoristas da empresa de perder o emprego. “Pelo que a gente sabe, essas cooperativas entraram no sistema para suprir a demanda onde as empresas não conseguem atuar. Mas a Planeta, em Santa Maria, principalmente na 261, funciona muito bem, e está renovando a frota. Se eles entrarem, vamos perder postos de trabalho.”

Desde o início da manifestação, o movimento foi intenso na cidade. As paradas de ônibus e o terminal rodoviário, localizado na Quadra 401, ficaram lotados de passageiros à espera de transporte. No fim da tarde, na Rodoviária do Plano Piloto, alguns ônibus foram apedrejados e apenas algumas pessoas conseguiram embarcar para voltar à Santa Maria. Não houve feridos.

Segundo Ricardo Leite de Assis, fiscal do DFTrans, os ônibus da Cootarde circularão normalmente nos próximos dias e as revoltas serão reprimidas. Diretor da Viação Planeta, Victor Foresti confirmou que a empresa deixará de circular nas linhas das quais perdeu a concessão, mas reafirmou que as outras não sofrerão alterações.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Planeta

Após normalização, apenas linha 261 é impedida de circular em Santa Maria

Raphael Veleda

Publicação: 17/08/2009 11:21 Atualização: 17/08/2009 12:10


Por volta das 11h30 os motoristas e cobradores da viação Planeta, paralisados desde as 6h desta segunda-feira (17/8), voltaram ao trabalho. No entanto, a linha motivo da paralisação – 261 – não será feita. Os rodoviários afirmam que não vão permitir que a empresa designada para fazer o itinerário Santa Maria-Plano Piloto circule a partir de hoje.

O impasse dessa manhã foi motivado por uma ordem de serviço concedida à cooperativa Cootarde dando à empresa o direito de operar a 261. No entanto, o itinerário é da Planeta há 16 anos. Dos cerca de 500 funcionários que a Planeta emprega na cidade, 72 trabalham apenas nesta linha. Eles têm medo de perder o emprego por conta da modificação na linha. Os rodoviários destacam ainda que não vão permitir que a linha 261 volte a circular até que uma solução seja dada.

Desde o início da manifestação, o movimento foi intenso na cidade. As paradas de ônibus e o terminal rodoviário, localizado na quadra 401, estavam lotados de passageiros a espera de transporte. Ônibus da Viplan saíram das garagens escoltados pela Rotam.

Em meio à confusão, policiais da Rotam entraram em confronto com os manifestantes. Um deles, o cobrador de um ônibus que vai para a W3 Norte, Luciano Silva de Sousa, de 32 anos, acabou detido. Ele foi acusado de desacato à autoridade e depredação. No entanto, Luciano diz que ter sido agredido. “É mentira. Ninguém aqui atacou ônibus nenhum. Eu só fui me desvencilhar e fui surrado. Mas não vou deixar barato. Daqui vou para o IML, Corregedoria, Justiça e todo lugar que puder me ajudar”. Ele prestou depoimento na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), onde alguns motoristas e cobradores estavam reunidos.

Motoristas de dois ônibus da Cootarde chegaram à delegacia para registrar ocorrência de depredação. Segundo um deles, que não quis se identificar, os manifestantes encostaram na traseira dos veículos. Uma lanterna foi quebrada e a lataria levemente amassada.

O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), explica que a ordem de serviço foi emitida por uma readequação econômica e financeira para balancear o sistema. O diretor do órgão estava em reunião em que são discutidas medidas para solucionar o problema em Santa Maria, por volta das 11h. O DFTrans ainda não divulgou uma definição oficial.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Entorno

Rodoviários voltam a trabalhar normalmente

Categoria pode, no entanto, decidir pela continuidade do movimento paredista em assembleia geral que será realizada no próximo domingo

Tamanho da Fonte Marina Cardozo
mcastro@jornalcoletivo.com.br
Redação Jornal Coletivo

Rodoviários e a população fizeram protesto na BR-070, no último dia 12, que interditou a via e deixou os usuários sem transporte. Paralisação dos motoristas e cobradores durou dois diasFoto: Gilda Diniz/CedocRodoviários e a população fizeram protesto na BR-070, no último dia 12, que interditou a via e deixou os usuários sem transporte. Paralisação dos motoristas e cobradores durou dois dias

Após dois dias de paralisação, os motoristas e cobradores de ônibus de Águas Lindas (GO) decidiram voltar ao trabalho nesta manhã. A decisão também foi acatada pelos rodoviários que operam em Santo Antônio do Descoberto (GO), que ontem haviam aderido ao movimento. Os funcionários das empresas Taguatur e Santo Antônio reivindicam reajuste salarial de 18%, além de redução de uma hora na jornada de trabalho e aumento do tíquete-alimentação.


A categoria suspendeu a greve após uma reunião com a diretoria das empresas, que se mostraram dispostas a negociar somente com o fim da paralisação. Por esta razão, de acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Entorno do DF, os funcionários optaram por retornar ao trabalho. Já os rumos do movimento paredista devem ser definidos no próximo domingo (16), em assembleia geral da categoria. Na ocasião, os rodoviários vão decidir se aceitam ou não a proposta dos patrões, que ofereceram 7,5% de aumento no salário, sem aumento do tíquete e redução da jornada de trabalho.


Devido à manifestação popular ocorrida na última quarta-feira, em Águas Lindas, o prefeito do município, Geraldo Messias, veio a Brasília para negociar melhorias no transporte do Entorno com o governo do DF.
O governador José Arruda descartou a possibilidade de adotar uma medida semelhante à de Planaltina de Goiás, que recebeu uma linha operando a R$ 3 até a divisa do Estado. No entanto, Arruda prometeu buscar uma solução junto à ANTT.